Após um período de restrição ao crédito habitacional, a Caixa reduziu as taxas de juros e ampliou as vantagens para a aquisição das linhas em novembro. A queda de 0,25 ponto porcentual sobre todas as faixas garantiu uma cobrança de 11% a 9,75% ao ano, dependendo do relacionamento do cliente com o banco. Até o fim de 2016, a meta é liberar R$ 22,1 bilhões em crédito, de um total de R$ 90 bilhões reservados para a modalidade.
De acordo com o vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antônio de Souza, a redução da taxa Selic, que caiu para 13,75% nesta última quarta-feira (30), a liquidez da carteira de crédito do setor e a redução da inadimplência dos clientes contribuíram para a queda no custo do financiamento.
“A inadimplência é o item principal ao qual a Caixa se dedica hoje. Enquanto o mercado fechou o índice total [de crédito livre e direcionado] em 3,76% no primeiro semestre, nós ficamos em 3,29%. Nós criamos uma estrutura só para cobrar os clientes e uma diretoria específica para cuidar de grandes inadimplentes”, acrescenta Souza.
O executivo afirma que a queda nos juros acelerou o número de contratações de crédito em 30% em outubro na comparação com os dois meses anteriores – nessa conta, Souza considera a greve dos bancários em setembro, que afetou o volume de concessões. Segundo ele, o primeiro semestre deste ano foi de queda na liberação de recursos para a aquisição de imóveis em relação ao mesmo período de 2015, mas o banco aposta no último trimestre para aumentar o volume.
Para isso, a Caixa lançou um pacote de medidas para incentivar o crédito às pessoas físicas e jurídicas. Os consumidores que decidirem receber as contas salário na instituição passaram a ter as mesmas taxas dos servidores públicos, que variam entre 10,25% e 11,25% ao ano. Em julho, o banco também retomou as linhas de crédito para pró-cotistas, que permitem o uso do FGTS para a aquisição de imóveis nas faixas de R$ 225 mil a R$ 500 mil, a juros de 7,85% a 8,85% ao ano. Além disso, a Caixa ampliou o valor máximo de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões e aumentou o limite para quitação de financiamentos em outras instituições para 70% do valor total.
Carteira de crédito
Para 2017, Souza declara que o banco terá garantidos ao menos R$ 60 bilhões do FGTS e que possui uma projeção de R$ 20 bilhões do Sistema Brasileiro de Poupança e Crédito (SBPE). Até o fim deste ano, o banco também deverá captar mais recursos por meio do lançamento de R$ 3,3 bilhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) no mercado financeiro.
Por ora, o vice-presidente de habitação não revela se haverá novas quedas nos juros do setor, mas afirma que a tendência é que as taxas não retomem a curva de alta observada nos meses anteriores.
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