A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (19), por 234 votos a 190, um plano que permitiria elevar o teto da dívida do país e evitar um calote. Não é o plano que foi elogiado mais cedo pelo presidente Barack Obama. E, segundo o site da rede de TV CNN, deve ser barrado pelo Senado, onde ainda será votado, ou ser vetado por Obama.

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O plano, formulado pelo partido Republicano, permitirá a elevação do teto da dívida dos EUA em US$ 2,4 trilhões caso o Congresso concorde com um corte de gastos de US$ 111 bilhões no próximo ano; limite os gastos nos próximos anos a uma determinada porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) e aprove uma emenda à Constituição referente ao orçamento.

Em seu pronunciamento, feito na tarde desta terça, Obama afirmou que o os congressistas "não têm mais tempo para gestos simbólicos". Ele voltou a defender um "acordo amplo" e disse querer que os líderes do Congresso comecem a elaborar uma solução final para a questão do déficit na quarta-feira. Obama afirmou também que os mercados financeiros estão confiantes que as lideranças de Washington "não vão atirar a economia de um penhasco".

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Corrida contra o tempo

O governo dos Estados Unidos está correndo contra o tempo para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador. Se até o dia 2 de agosto o Congresso não ampliar o limite de dívida pública permitido ao governo, os EUA podem ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas: ou seja, há risco de calote.

Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões, que é o valor máximo estabelecido por lei. Isso porque, nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso.