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Por 258 votos a 195, a Câmara derrubou nesta quinta-feira (7), destaque do DEM à Medida Provisória (MP) 665 que restabeleceria para seis meses o período mínimo de trabalho para que se tenha direito ao seguro-desemprego. Pelo texto original do governo, esse prazo passaria para 18 meses.

O texto aprovado na quarta-feira (6) estabeleceu 12 meses. Hoje, são seis meses.

Um total de 456 deputados votaram. Três se abstiveram: Professora Marcivania (PT-AP), Luizianne Lins (PT-CE) e Pedro Uczai (PT-SC). Assim como na votação do texto-base, o deputado Weliton Prado (MG) foi o único que não acompanhou a orientação do partido.

Outra emenda aglutinativa, apresentada pelo PPS e pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), também foi rejeitada na tarde desta quinta, por 251 votos a 186 e três abstenções. Assim como o destaque do DEM, a emenda previa redução da exigência para solicitar pela primeira vez o seguro-desemprego e tentava resgatar o teor da lei anterior à edição da MP para dispor que o trabalhador, para solicitar o abono salarial, precisa comprovar 30 dias de trabalho.

Os deputados mantiveram a proposta aprovada na comissão mista, que garante o pagamento do abono salarial para quem comprovar vínculo formal de no mínimo três meses.

Câmara aprova primeiro ponto do pacote de ajuste fiscal

Deputados aprovaram, com diferença de apenas 25 votos, texto-base da MP 665, que endurece acesso ao seguro-desemprego

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Aperto

O mapa da votação do texto base da Medida Provisória 665, aprovada na noite dessa quarta-feira (6) na Câmara dos Deputados, revela que a dupla PT-PMDB contribuiu com 41% do apoio à proposta que restringe o acesso a seguro-desemprego e abono salarial. Dos 252 votos a favor da MP, 104 foram dados pelas duas bancadas.

Logo após a aprovação da medida, o líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), considerou como decisivo o apoio de ambos. Na primeira batalha decisiva em plenário do ajuste fiscal, o governo venceu por uma margem apertada, de 25 votos de diferença.

Desde o início da semana, o Palácio do Planalto trabalhou duramente para enquadrar a bancada petista, reticente em apoiar explicitamente as MPs do pacote fiscal (665 e 664).

Após ameaça do PMDB de não votar a favor das propostas – o que poderia contaminar os demais partidos da base –, o PT deu 54 votos a favor, apenas um contra e houve ainda nove ausências. O PMDB, por sua vez, deu 50 votos de apoio, 13 contra e ainda três se ausentaram.

Sindicalistas protestam na Câmara com dinheiro na cueca

Governo derruba destaque que tentava retirar do texto as mudanças que restringiram a concessão do seguro desemprego

Um grupo de sindicalistas ligado à Força Sindical fez nova manifestação nesta quinta-feira (7), na Câmara, contra a aprovação da MP 665, que restringe a concessão do seguro-desemprego, entre outros benefícios trabalhistas.

Durante a votação de destaques do projeto e impedidos de ocuparem as galerias, os manifestantes caminharam pelo corredor principal da Câmara usando cuecas vermelhas por cima das roupas e com maços de notas enfiados nas laterais. Em seguida, se concentraram na frente da porta do plenário e jogaram para cima imitações de notas de dólar, com os rostos da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e do tesoureiro afastado do PT João Vaccari Neto.

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