Os camelôs do centro de Curitiba também entraram na onda de descontos. Na barraca do Florisvaldo de Lima, que passou o mês de junho em clima de Copa do Mundo, restam apenas algumas camisas da seleção, vendidas hoje pela metade do preço (de R$ 20 por R$ 10). Os outros produtos verde-amarelos estão na casa do comerciante, esperando os Jogos Pan-Americanos. "Resolvi fazer estoque porque não vale à pena vender agora." Lima admite que comprou mais cornetas e bandeiras do que foi necessário, mas comemora as vendas durante os jogos. Há quatro anos no mesmo ponto na esquina das ruas Marechal Deodoro e Marechal Floriano Lima diz que nunca vendeu tão bem. "Vendi o triplo do que no mesmo período dos outros anos".
Mas nem todo o comércio comemora o movimento trazido pela Copa. A maioria dos associados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) ficou aliviada com a eliminação do Brasil uma semana antes do fim do mundial. "Só os bares que se prepararam para os jogos com transmissão em grandes tevês, que são minoria, se beneficiaram. A maioria teve queda de 30 a 40% no faturamento em relação a junho do ano passado", diz o diretor da Abrasel Paraná, Luciano Bartolomeu. Para ele, a explicação está na mudança de rotina trazida pelos jogos as pessoas preferem comer em casa ou fazer churrascos com os amigos. "Até os bares tiram os clientes de restaurantes neste período." O aumento da venda de carnes e cervejas em supermercados nas vésperas dos jogos confirma a tese. (ML)