Caminhoneiros da região Sudoeste do Paraná cumpriram a decisão tomada em reunião realizada na segunda-feira (16) e organizaram manifestações nesta quarta-feira (18) em Realeza, no trevo de acesso a Capitão Leônidas Marques. O local é um entrocamento de duas rodovias estaduais – as PRs 182 e 281.
O protesto começou por volta das 6 horas quando um grupo de motoristas começou a abordar outros caminhoneiros. De acordo com Gilberto Gomes da Silva, diretor do Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos do Sudoeste), não se trata de uma greve da categoria, mas de manifestação para demonstrar o descontentamento com a política de preços para o transporte de cargas no país.
Apenas caminhões foram barrados pelos manifestantes, mas muitos motoristas não concordaram com o protesto. Ao meio dia, os veículos foram liberados, mas por volta das 14 horas os manifestantes voltaram à rodovia. “Uns concordam, outros não, nossa classe está meio desunida, mas a adesão está boa”, diz o diretor sindical.
A principal reivindicação da categoria é por uma política que regulamente o preço do frete mínimo. Um projeto tramita nas comissões da Câmara dos Deputados e precisa ser aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) antes de ser levado à votação em plenário. Segundo Gilberto, a defasagem no valor do frete hoje gira em torno de 65%.
A manifestação desta quarta-feira também teve objetivo de apoiar os caminhoneiros de Rondonópolis (MT), que realizam protestos desde sexta-feira (13) com a mesma pauta de reivindicação. Os protestos no Mato Grosso se intensificaram ontem com bloqueios em oito pontos das BRs 364, 163 e 070.
No final da manhã desta quarta-feira, no entanto, os caminhoneiros suspenderam o protesto após serem informados de que o governo federal decidiu marcar um encontro com representantes da categoria.
Aos poucos, as manifestações vão se espalhando pelo país. Ontem ocorreram protestos de motoristas no Espírito Santo com interdição da BR-101. Na terça-feira (17) houve protestos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
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