"Essa licença prévia jamais poderia ter saído. No Tibagi, seriam necessários pelo menos dez anos para saber qual é a melhor área para uma usina." Em tom emocionado, a declaração da pesquisadora Sirlei Bennemann, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), arrancou aplausos do público que compareceu à audiência na Assembléia Legislativa, formado principalmente por pequenos agricultores e por indígenas de uma reserva vizinha à futura hidrelétrica. Outros 42 indígenas chegaram somente no fim da audiência, já que dois ônibus quebraram no trajeto de quase 300 quilômetros entre Ortigueira e Curitiba.
A pesquisadora da UEL entregou ao deputado Tadeu Veneri (PT), presidente da frente parlamentar, um estudo que aponta erros no EIA/Rima de Mauá e um abaixo-assinado com 11,5 mil assinaturas de pessoas contrárias à construção da usina. Um dos depoimentos mais marcantes do dia foi o de Gilda Kuitá, professora da reserva indígena de Apucaraninha, que falou do sentimento de impotência frente ao processo de implantação da hidrelétrica. "A preservação do meio ambiente é a nossa vida. É muito fria a conversa que ouvimos das pessoas, de que não vai ter impacto. Matam o rio, nossos sentimentos e nossa vida." (FJ)
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