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Bacia de Santos

Campo de petróleo em discussão pode ter até 12 bilhões de barris

Uma área ainda sem concessão para empresas privadas, localizada entre Tupi e Carioca, no pré-sal da Bacia de Santos pode conter entre 10 a 12 bilhões de barris de óleo equivalente, estimam consultores e geólogos que tiveram acessos a dados sísmicos referentes aquela região. Esta área continha pelo menos 5 dos 26 blocos retirados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) da lista oferta na 9º Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) no final do ano passado, tão logo a Petrobras anunciou as reservas de Tupi, de até 8 bilhões de barris.

Se houver uma continuidade nos reservatórios, que permitiria uma unitização dos blocos daquela região, o "proprietário" destas áreas se tornaria parceiro dos concessionários responsáveis hoje por Tupi (Petrobras, BG e Galp) e Carioca (Petrobras, Repsol e BG).

Como a lei do petróleo prevê hoje que não há a possibilidade um bloco ser explorado sem que ele vá a leilão, a União teria duas opções: ofertá-lo numa futura rodada da ANP, ou mudar a lei e criar uma estatal para gerir estes recursos. Aí é que começa o questionamento de analistas sobre o tema.

"Com que recursos o governo poderia investir bilhões nesta área para buscar o óleo que lá se encontra?", questionou o geólogo Giuseppe Baccocolli, defendendo que o melhor a fazer seria leiloar estas áreas a um bônus bilionário. "O governo teria condições de se capitalizar, sem precisar fazer os investimentos bilionários que o pré-sal exige, sem mudar a lei e provocar todos os incômodos que isso deve trazer, além de agilizar o desenvolvimento destas áreas", comentou.

Para o geólogo, o volume de 10 a 12 bilhões nestes cinco blocos sugerido por consultorias, é "factível". "Se considerarmos os demais vãos existentes entre os outros blocos desta região nobre do pré-sal, o volume deve ser ainda muito maior", estimou.

O presidente da HRT Solutions, Márcio Mello, disse que a estimativa de 12 bilhões precisa ser confirmada com novos estudos sísmicos e perfurações de poços, o que demanda investimentos. Por isso, critica a proposta de criação de uma nova estatal para a região. "O governo deveria aumentar a taxação e transferir o risco de exploração para as companhias privadas", afirmou. Apesar de estimar grande potencial de reservas na região do pré-sal, mas diz que ainda não há certezas sobre o comportamento dos reservatórios, o que só será conhecido após o primeiro teste em Tupi.

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