São Paulo A valorização do dólar terá impacto apenas residual na renda dos produtores de soja brasileiros. A avaliação é dos analistas Anderson Galvão, da Céleres, e José Carlos Hausknecht, da MB Associados. Ambos concordam que, como mais da metade da safra já foi vendida, poucos se beneficiarão de uma apreciação do câmbio. Mesmo com a alta dos últimos dias, o dólar continua mais barato agora do que quando os agricultores compraram os insumos para a produção da safra atual. As lideranças agrícolas alegam que fertilizantes e defensivos foram adquiridos quando a moeda americana era cotada entre R$ 2,40 e R$ 2,50. "E seria preciso o dólar chegar a R$ 2,50 para que o agricultor conseguisse empatar com seus custos", avalia Galvão. Segundo o analista da Céleres, a elevação do dólar no atual momento pode, ao contrário, ter impactos adversos para a agricultura. "É justamente nesta época que os produtores começam a pesquisar preços dos insumos para plantar a safra seguinte", diz. "Uma instabilidade do câmbio pode prejudicar a próxima safra."
Acuado pela inflação e distante do campo, Lula acumula “barbeiragens” na lida com o agro
Lula abandona reunião sobre inflação dos alimentos e tenta remediar com alíquota zero; acompanhe o Entrelinhas
Enquete: medidas do governo Lula vão baratear os alimentos?
PIB brasileiro cresceu 3,4% em 2024, mas deve desacelerar neste ano; entenda
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast