São Paulo Para o diretor executivo pelo Brasil e mais oito países no Banco Mundial (Bird) em Washington, Otaviano Canuto, é possível que o PIB brasileira cresça de 4% a 5% nos próximos anos. Segundo ele, a chave para um crescimento mais vigoroso está nos investimentos.
"O próximo governo vai aproveitar para ver o que é possível fazer para readequar investimentos no gasto público. É possível melhorar a qualidade do gasto público", afirmou em entrevista ao Broadcast Ao Vivo. Além do gasto público, Canuto frisou que será importante melhorar o quadro regulatório do país, o que incentivará melhorias em infra-estrutura.
Canuto disse que a economia brasileira vai ter o centro do crescimento deslocado para a "dinâmica doméstica". "Portanto, o cenário internacional, naquilo que nos interessa no momento, vai continuar favorável. O peso relativo da expansão do consumo doméstico vai ser um pouco maior do que nos últimos anos."
Isso significa dizer, segundo Canuto, que não deve haver grande preocupação se as exportações vão diminuir ou os superávits da balança comercial poderão ser menores. "A economia pode conviver muito bem com um saldo comercial menor do que nos últimos anos", avaliou.
Canuto se negou, no entanto, a fazer previsões sobre os juros. "A velocidade, o timing dos juros não se definem só pelo achismo. Há uma obsessão com a Selic. Acho que o foco está errado", criticou. Para ele, o cenário é favorável para a queda dos juros, sem mais riscos de se perder o controle inflacionário, mas o tema não pode ser transformado em objetivo de política. "O crescimento de 5% depende menos de taxas de juros e mais de investimentos", explicou.
O diretor do Bird disse ainda acreditar que o próximo governo terá condições de fazer as reformas da Previdência e Tributária. "Há convergência de visões sobre o que é preciso ser feito".
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast