O financiamento para capital de giro foi a modalidade que mais cresceu nos últimos 12 meses entre as principais opções de crédito livre disponíveis para empresas brasileiras. Segundo o Banco Central (BC), os empréstimos nessa linha somaram em maio R$ 25,9 bilhões, alta de 56,2% em 12 meses. De janeiro a maio, a média mensal de concessões de capital de giro teve expansão de 29,9% em relação a 2009.
O capital de giro é instrumento em que bancos oferecem recursos para empresas comprarem insumos para produzir ou pagar obrigações enquanto o dinheiro da venda dos produtos não entrou no caixa. É uma das alternativas mais baratas de financiamento no crédito livre - em maio, o juro médio foi de 29,3% ao ano, perdendo apenas para aquisição de bens e vendor (modalidade que permite ao empresário financiar a venda de produtos aos compradores).
Além de mais barato, o capital de giro tem prazo mais longo, especialmente em comparação ao de operações como hot money e conta garantida, que oferecem recursos emergenciais a custos elevados. Em maio, o prazo médio do capital de giro foi de 480 dias, alta de 137 dias ante a posição de maio do ano passado.
A única modalidade de crédito livre com maior crescimento nas concessões para empresas em maio e na média dos cinco meses do ano foi o financiamento imobiliário. Essa alternativa trabalha com volumes muito inferiores - média mensal de R$ 175 milhões nos cinco meses de 2010 (alta de 136,5% sobre a média de igual período do 2009). Entre as modalidades mais procuradas, o segundo maior crescimento médio ocorreu no desconto de duplicatas, com alta de 9,3% na média até maio. A conta garantida, espécie de cheque especial das empresas e que conta com o maior volume de concessões, teve expansão de 4,6%.
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