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A dragagem do Canal da Galheta, anunciada há 19 dias pelo superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, não será autorizada pela Capitania dos Portos. O motivo do indeferimento é o fato de o plano de dragagem apresentado pela administração portuária não prever a retificação do canal, mas apenas o aprofundamento. No entendimento do comando da Capitania dos Portos, a dragagem – sem a retificação – não contribui para a segurança da navegação.

O canal da Galheta, canal de acesso ao porto, foi construído em linha reta. Mas, com o assoreamento, foi tomando o formato de curva em S logo na entrada, o que dificulta a movimentação dos navios. A retificação reestabeleceria o traçado original.

Por causa das dificuldades para navegação, a Capitania dos Portos publicou duas portarias em junho (19/2006 e 20/2006) restringindo as manobras dos navios na entrada do porto. As portarias foram publicadas na mesma época em que a entrada e saída de navios foi interrompida no terminal em razão do deslocamento de uma bóia.

A Appa informou, por meio da assessoria de imprensa, que não foi oficialmente comunicada do indeferimento do pedido de dragagem pela Capitania dos Portos. A Appa disse ainda ter procurado o capitão Francisco dos Santos Moreira, que, em viagem, disse ainda não ter parecer para a questão. Para a Gazeta do Povo, o comando interino da Capitania confirmou o indeferimento.

Contrato

O contrato emergencial da dragagem do Canal da Galheta foi firmado entre a Appa e a Somar Serviços de Operações Marítimas por R$ 15,6 milhões.

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