Carlyle pede registro para oferta pública de ações

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O Carlyle Group pediu nesta terça-feira registro para fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), buscando se colocar ao lado de rivais como Blackstone e KKR como grupos de private equity listados em bolsa.

O pedido para o IPO, contudo, acontece em um momento de incerteza nos mercados acionários globais.

O ambiente para ofertas iniciais de ações nos Estados Unidos está ruim em meio aos temores sobre a crise de dívida na Europa e fraca recuperação da economia norte-americana.

Uma série de ofertas de ações foram abortadas no mês passado.

"Se o Carlyle pede o registro num momento como o atual, em um mercado basicamente ruim, algo não parece estar certo", disse o gerente-sócio da IPO Boutique, Scott Sweet.

As condições do mercado e o fraco desempenho de outros grupos de private equity listados como Blackstone e Apollo Global Management, e a complexa listagem da Kohlberg Kravis Roberts & Co também poderiam reduzir o apetite de investidores.

As ações da Blackstone, atualmente com valor de mercado de 14,6 bilhões de dólares, perderam um terço desde o final de abril, quando estavam perto da máxima em três anos.

O prospecto preliminar do Carlyle na Securities and Exchange Commission (SEC) --órgão regulador do mercado de capitais dos EUA-- menciona uma oferta de 100 milhões de dólares, embora tal valor seja usualmente usado apenas para indicar os parâmetros de comissões da operação.

Fontes disseram em junho que a oferta do Carlyle poderia chegar a 1 bilhão de dólares.

O Carlyle disse que teve lucro líquido econômico --medida de lucratividade usada por empresas de private equity-- de mais de 1 bilhão de dólares no ano passado e de cerca de 770 milhões de dólares no primeiro semestre deste ano.

O Carlyle é controlado por seus gestores e investidores com participação minoritária na empresa.

O grupo disse que tem sob gestão cerca de 153 bilhões de dólares em ativos --contra 159 bilhões de dólares da Blackstone.

Os coordenadores do IPO serão JP Morgan, Citigroup e Credit Suisse.