Os donos de churrascarias estão fazendo uma verdadeira ginástica para repassar os aumentos de custos para os preços cobrados, sem espantar a freguesia. A carne bovina ficou 2,27% mais cara em setembro e foi o item que teve maior impacto na inflação medida pelo IPCA.
Além das carnes mais caras, Giovani Laste, sócio-gerente da churrascaria Vento Haragano, diz que outros itens também pressionaram seus custos: aluguel, gastos com reparo do imóvel onde funciona a churrascaria, os preços da cerveja e despesas com mão de obra em geral. "Mas a pressão maior veio das carnes", diz ele. Os preços do quilo da fraldinha e da costela subiram 18% e 23%, respectivamente nos últimos dois meses.
Laste conta que buscou uma solução criativa para atenuar a alta de custo da sua matéria-prima básica, que é a carne, produto que ele não pode substituir por outro de qualidade inferior. Um das alternativas foi buscar uma economia no consumo de energia elétrica. "Trocamos cerca de 400 lâmpadas econômicas por outras de LED, que gastam menos eletricidade", diz o empresário. E a economia apareceu na contabilidade da empresa: uma redução de 10% na despesa com energia.
Mesmo assim, a empresa teve de aumentar os preços. "Reajustamos em 4% o valor do rodízio, de R$ 99 para R$ 103 no dia 1.º deste mês", conta o gerente Renato Dabroi. Desde dezembro do ano passado que a churrascaria não aumentava preços. Segundo Laste, levando em conta todas as pressões de custos, seria necessário reajustar os valores em cerca de 7%, mas, na prática, a alta foi de 4%. "Achamos mais prudente esse valor para manter a clientela." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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