Economistas consideram o cenário inflacionário brasileiro "delicado" e acreditam que os índices ficarão pressionados até meados do ano que vem. Em junho de 2013, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial de inflação, pode acumular alta de 6% em 12 meses, preveem. Até o mês passado, o indicador tinha aumentado 5,28% em 12 meses.
"A inflação vai se acelerar até o primeiro semestre de 2013", prevê a economista da Rosenberg Consultores, Priscila Godoy. Essa também é a avaliação de Fábio Romão, economista da LCA Consultores. Romão calcula que, depois do pico de 6% atingido em junho de 2013, o IPCA em 12 meses perderá o fôlego no segundo semestre e fechará o ano que vem em 5,1%. Isso porque a forte pressão exercida pelos alimentos no primeiro trimestre deste ano quando a alta chegou a 2,15% no período, vai sair da conta do IPCA acumulado em 12 meses.
"A inflação vai incomodar até meados de 2013, mas é preciso qualificar essa alta", diz o economista. Boa parte dessa elevação, na sua avaliação, é choque de oferta, provocado pela subida nos preços das commodities. "Não se trata de choque de demanda", diz Romão.
Ele argumenta que dificilmente os preços dos produtos agrícolas vão repetir o cenário de restrição de oferta, provocado pela seca nos Estados Unidos e excesso de chuvas no Brasil, como ocorreu este ano.
Fabio Silveira, sócio da RC Consultores, projeta crescimento da inflação medida pelo IPCA nos próximos meses em razão do choque agrícola que ainda não foi totalmente absorvido pelos índices de preços ao consumidor. Porém, observa que essa pressão de preços das commodities já começou a enfraquecer nas cotações do atacado.
"A inflação de setembro foi fruto essencialmente da alta de preço agrícola no atacado ocorrida em julho. A inflação de dezembro será fruto essencialmente da baixa de preço agrícola no atacado que ocorre hoje", diz Silveira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
-
Escola Sem Partido: como Olavo de Carvalho, direita e STF influenciaram o fim do movimento
-
“Quando Maduro fala é crítica, quando eu falo é crime?”, diz Bolsonaro após ditador questionar urnas
-
A oposição é a força que pode mudar o rumo da Venezuela, afirma ex-procurador
-
Sem vice, Tabata oficializa candidatura à prefeitura de São Paulo ao lado de Alckmin
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião