Quase quatro anos após encerrar sua atividade de vendas on-line no Brasil, o Carrefour anunciou nesta terça-feira (26) que vai voltar a vender produtos pela internet.
A partir desta terça (26), o Carrefour.com passa a oferecer 12 categorias de produtos eletrônicos, itens de decoração, saúde e infantis.
Não haverá frete gratuito, segundo Charles Desmartis, presidente do Grupo Carrefour Brasil.
A venda de alimentos, de operação considerada mais complexa devido à distribuição de perecíveis, está programada para o ano que vem. É na categoria de produtos alimentares que a empresa pretende extrair a maior participação de mercado, por ser uma área de consumo ainda pouco explorada no comércio eletrônico no país, segundo Desmartis,
As vendas online atenderão inicialmente apenas a região Sudeste, mas nos próximos meses abrangerão gradualmente as regiões Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
A companhia surpreendeu o setor varejista em 2012, quando anunciou o fechamento de seu comércio eletrônico no país, como parte de uma reestruturação global da empresa. Na época, anunciou alterações em seu plano de investimento devido à redução dos gastos dos consumidores na Europa afetada pela crise de dívida.
A retomada da operação de comércio eletrônico pelo Carrefour já vinha sendo anunciada pela empresa desde meados de 2014 e voltou a ser ventilada no ano passado, quando se falava em abrir a operação por meio de eletrônicos e eletrodomésticos. Mas Desmartis dizia que, como a venda desses produtos registrava fortes quedas, o grupo não tinha pressa de colocar a plataforma no ar.
Segundo ele, era necessário alinhar as áreas de sistemas, logística e ajustar a oferta nas lojas à entrega. A plataforma tecnológica desenvolvida agora pretende possibilitar a integração entre o e-commerce e as lojas físicas.
Nesse processo de integração, o Carrefour.com tem hoje um centro de distribuição exclusivo em Embu das Artes (SP), mas irá progressivamente compartilhar os centros de distribuição das lojas físicas no futuro para aproveitar a capilaridade da rede no país.
De acordo com Desmartis, o atual lançamento das vendas online não exigiu grandes aportes de capital. “O maior investimento foi em tecnologia da informação e sistemas”, disse. Os planos de abertura de capital no Brasil permanecem, portanto, sem urgência no radar da empresa enquanto a economia local não for favorável, conforme as últimas declarações públicas de Desmartis.
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