Diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Hermes Chipp, disse na tarde de hoje que o relatório apontando as causas do apagão de anteontem só será divulgado em 15 dias.
Equipe de técnicos do órgão estão reunidos no Rio analisando o que pode ter levado à queda de energia que atingiu 13 Estados e deixou entre 5 e 6 milhões de pessoas sem luz.
Segundo Chipp, ainda haverá outra reunião dos técnicos antes que sejam divulgadas as causas da falha no abastecimento de energia.
Chipp disse também que "não há necessidade de racionamento, todavia toda economia é bem-vinda".
Apagão
No dia das falhas de abastecimento, Chipp afirmou que foram detectados dois curto-circuitos -quase simultâneos- no sistema de transmissão entre Miracema (TO) e a usina de Serra da Mesa (GO), em duas das três linhas de transmissão que atravessam a região.
Com a queda das duas linhas, a terceira ficou sobrecarregada e caiu também, o que, segundo o ONS, era esperado, considerando o mecanismo de proteção do sistema."É melhor deixar uma residência sem energia por algumas horas do que cortar o fornecimento para o metrô, por exemplo", disse na ocasião.
A prioridade de corte, em casos de falha do sistema interligado, é determinada conforme o Erac (Esquema Regional de Alívio de Carga), segundo o qual os agentes (operador e concessionárias) determinam previamente em quais regiões se dá o corte em caso de interrupção no fornecimento.
Foram cortados 5000 MW de carga que deixaram de virem da região Norte para a Sudeste -o que corresponde a 7% da carga total das áreas afetadas.
O ONS descarta falha na manutenção de equipamentos e diz que não há notificação de queimadas na região, outra causa recorrente de interrupções deste tipo."Se tivesse falha ou desgaste, diz, o sistema de proteção não teria sido a acionado imediatamente, interrompendo o fornecimento", disse Chipp.
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