Os problemas do Galaxy Note 7, último lançamento da Samsung cuja bateria pode estourar em caso de sobrecarga, fizeram as ações da fabricante sul-coreana despencar nesta segunda-feira (12) na Bolsa de Seul.
As ações da companhia, a mais importante do país, fecharam com uma queda de 7%, a 1,46 milhões de wons (cerca de US$ 1.318). Esse é o patamar mais baixo em dois meses e a queda diária é a mais significativa deste ano.
No último domingo, a Samsung, líder mundial em telefonia móvel, pediu aos usuários do smartphone no mundo todo que o desliguem a fim de evitar riscos.
No dia 2 de setembro, a fabricante já havia anunciado o recall do “phablet” (híbrido de telefone e tablet) porque em alguns casos suas baterias defeituosas poderiam pegar fogo durante a recarga.
Desde então, várias companhias aéreas proibiram o uso do smartphone em seus aviões e a Comissão de Segurança de Produtos do Consumidor (CPSC) dos Estados Unidos pediu que o dispositivo móvel deixe de ser usado.
“A situação da Samsung é cada vez mais séria e complicada, na medida que mais autoridades de todo o mundo pedem a seus cidadãos que deixem de usar o Note 7”, afirmou Hwang Min-Sung, analista da Samsung Securities.
A retirada de mercado do modelo – que até agora teve 2,5 milhões de exemplares vendidos em dez países – poderá representar perdas colossais, segundo o analista.
Golpe grave
O caso afeta gravemente a imagem da marca, em um contexto de concorrência feroz com o iPhone da americana Apple e com as marcas chinesas mais baratas.
Segundo o responsável da divisão de telefonia da Samsung, Koh Dong-Jin, o percentual de aparelhos defeituosos é de 24 por um milhão e serão necessárias duas semanas para substituí-los.
“Estamos pedindo aos usuários que desliguem seus Galaxy Note 7 e que os troquem o quanto antes”, disse Koh em um comunicado divulgado no sábado. Segundo ele, a Samsung está “colaborando com os organismos reguladores nacionais” no mundo todo.
A Samsung usa baterias fabricadas por várias companhias, entre elas sua filial Samsung SDI. Até o momento, a empresa tem-se negado a identificar a fabricante das baterias defeituosas, mas garante que não há problemas nos smartphones vendidos na China, que tem baterias de outro fornecedor.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião