Mais do que aparelhos de comunicação, hoje os celulares são quase como uma extensão do nosso corpo. Com tanta proximidade é natural que a aglomeração de bactérias ocorre porque os telefones ficam muito próximos da boca e em contato direto com as mãos.
Um estudo realizado pela Universidade do Arizona mostrou que celulares têm dez vezes mais bactérias que provocam náusea e problemas estomacais do que as privadas. A professora do Departamento de Microbiologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Renata Kobayashi defende que a contaminação não é tão preocupante assim. "Frequentemente pedimos aos alunos para medirem a contaminação de ambientes e de aparelhos de uso diários, como os celulares. O que costumamos encontrar são as bactérias próprias da pele humana."
O bioquímico especialista em bacteriologia Marcos Kozlowski explica que esses tipos de bactérias são inofensivas, mas que a contaminação por coliformes fecais e estafilococos são preocupantes, já que podem desencadear problemas intestinais, por exemplo.
Para evitar o problema, a professora de Microbiologia lembra que é preciso manter bons hábitos de higiene pessoal. "Para manter o celular limpo, a pessoa precisa manter as mãos limpas antes de manuseá-lo. Uma boa higiene bucal também evita contaminação de outras bactérias."
A professora defende ainda que, sempre que possível, a pessoa deve lavar as mãos sempre que sair do ônibus, tocar em um corrimão ou manusear dinheiro, por exemplo. "Eu sempre digo que a primeira coisa que se deve fazer ao chegar em casa é lavar as mãos. O microbiologista concorda. "O problema não está nos objetos, mas sim nos hábitos de higiene de grande parte da população", acredita o bioquímico.
Álcool em gel e lenços de papel para a limpeza
Para o bacteriologia Marcos Kozlowski o medo dos usuários de estragar os celulares é um agravante para que os aparelhos se tornem ainda mais contaminados. "Para não danificá-los, basta seguir as instruções de limpeza do fabricante", lembra.
Renata Kobayashi ensina que o álcool etílico 70% é o material ideal para fazer a descontaminação do aparelho. "Este álcool tem uma excelente ação antimicrobiana. Além de ser acessível por ser encontrada nas farmácias." A professora orienta que o álcool deve ser aplicado em pequenas quantidades com o auxílio de lenços de papel.
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