Os 100 bilhões de dispositivos que poderão estar conectados à internet no ano de 2020 gerarão desafios de enormes proporções aos provedores mundiais, especialmente na América Latina, projetam os cálculos do grupo francês de telecomunicações Alcatel Lucent e os Laboratórios Bell.
“São desafios enormes que requerem as melhores soluções”, explicou nesta segunda-feira em entrevista à Agência Efe Javier Eduardo Rey, vice-presidente de vendas para a América Latina do grupo, que considerou que as necessidades das empresas de comunicação crescem a cada dia e o mercado não foi suficientemente ágil e inovador para satisfazê-las.
Um cenário que, segundo a companhia, exigirá um serviço de vídeos sob demanda dez vezes mais rápido que o atual, assim como servidores robustos que deverão abrigar milhões de dados de cerca de 7 bilhões de usuários de diferentes dispositivos, como telefone celulares, computadores, e, principalmente, a “internet das coisas”.
Para atender a esse crescimento, número que supera amplamente a população mundial, os provedores deverão garantir “estratégias confiáveis” que possibilitem superar os eventuais contratempos, de acordo com a companhia francesa.
Os principais obstáculos estão nos próprios sistemas das empresas. Os usuários exigirão maior conectividade e acesso mais simples à informação sem se importar com sua localização geográfica.
“Há soluções no mercado, mas elas foram criadas para certas necessidades que, quando têm que dar um suporte maior, não funcionam”, afirmou Rey, que apontou o crescimento do mercado na América Latina.
“É a região que mais cresce no uso das redes sociais e onde mais se demanda por soluções, como no serviço de vídeos que exigem ainda mais das redes”, explicou o executivo, que não descartou que grande parte dos equipamentos conectados na internet no futuro tenha origem latino-americana.
Nesse sentido, a empresa de consultoria francesa afirmou que essas particularidades representam um desafio maior para região e recomendou “assegura que as redes, a tecnologia e as soluções de comunicações sejam suficientemente robustas, escaláveis e dinâmicas para enfrentar o crescimento do número de conexões”.
“As empresas latino-americanas não estão preparadas. O pior é que muitas delas pensam estar preparadas e não estão”, criticou Rey.
Um dos problemas está nos erros na segurança dos dados dos usuários na internet, uma possibilidade da qual nenhuma das companhias está isenta e que requer “uma melhor arquitetura da rede para garantir o acesso à informação”.
“Nossa principal recomendação passa por não subestimar o impacto, cada vez maior, da necessidade de seus empregados e clientes de ter acesso à informação e conteúdos de forma remota com a mesma qualidade de serviço e experiência da mesma forma como se estivessem sentados em seus escritórios”, acrescentou executivo.
Rey destacou também o papel dos governos no processo e classificou sua contribuição como “fundamental” porque aumentar a conectividade e estabelecer o conceito de cidades inteligentes “não só requer o suporte e o impulso estatal, mas também incentivos fiscais e regulatórios para se tornar viável a longo prazo”.
“Redes dinâmicas, flexíveis e escaláveis que facilitem as conexões quase infinitas para os usuários. Sistemas virtualizados para que sejam de fácil administração são a resposta aos desafios atuais”, concluiu o vice-presidente da Alcatel Lucent.
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