São Paulo (Folhapress) – A decisão do Google de censurar o conteúdo oferecido aos internautas chineses foi duramente criticada. Segundo especialistas ouvidos pela agência de notícias Associated Press, a ação representa a vitória do governo chinês, que monitora informações na internet e pune aqueles que expõem opiniões oposicionistas – diversos blogueiros já foram presos por este motivo.

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O gigante das buscas afirmou que sua decisão de concordar com as restrições do governo têm como objetivo atingir a grande população de internautas na China. "Apesar de esta ação não estar de acordo com nossa missão, deixar de oferecer o serviço seria ainda pior", justificou Andrew McLaughlin, do conselho de políticas da empresa, à agência de notícias Reuters. O Google também classificou sua ação como "uma troca".

A nova página local – Google.cn – foi para o ar na quarta-feira e omite, em seus resultados, informações sobre direitos humanos, o Tibete e outros assuntos considerados "delicados" para os governantes chineses. Os internautas que utilizam o site de buscas são freqüentemente direcionados a endereços que divulgam opiniões oficiais do país.

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Chris Smith, um congressista norte-americano que defende os direitos humanos, afirmou ter ficado "espantado" com a posição do Google. Já a Anistia Internacional afirmou que a política da empresa de buscas pensa a curto prazo.