Para pressionar o governo e protestar contra uma possível alta nos juros, quatro centrais sindicais farão manifestações em frente às sedes do Banco Central em São Paulo e no Rio de Janeiro na quarta.

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O Banco Central decidirá na quarta-feira, em reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), se mantém a taxa Selic em 7,25% ao ano ou se deve alterar a taxa básica de juros. Analistas e economistas dizem que uma elevação é esperada por causa da alta de preços.

Nos últimos 12 meses encerrados em março, a inflação medida pelo IPCA atingiu 6,59%, acima do teto da meta estipulada pelo governo (6,5%). Outros dois atos, organizados por entidades sindicais, também devem ocorrer nesta e na outra semana. A CUT marcou protesto para quinta-feira, dia 18, no dia seguinte à reunião do Copom.

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Força Sindical, CTB, UGT e Nova Central marcaram o protesto em frente ao BC no mesmo dia em que o Copom (Comitê de Política Monetária) decidirá sobre a nova taxa de juros Selic. O principal protesto das centrais está previsto para ocorrer amanhã, às 10 horas, em frente o Banco Central em São Paulo, na avenida Paulista (região central de SP).

"Vamos cobrar o governo para livrar o Brasil de uma especulação financeira desenfreada, que, infelizmente, vem drenando enormes quantidades de recursos", disse Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical.De acordo com o presidente da UGT, Ricardo Patah, o governo "está entre a cruz e a espada".

"Deve haver alta de 0,25 [ponto percentual] na reunião de amanhã. Ou o país convive com a inflação ou terá de haver aumento de juros. A inflação acaba com a cidadania das pessoas, só de pensar o que já vivemos no passado é pavoroso", disse.

Na avaliação da CTB, o governo deve enfrentar a pressão "da mídia e do mercado financeiro" para que a alta dos juros seja retomada.

"Essa possibilidade é inadmissível e deixaremos isso claro nas ruas", disse Wagner Gomes, presidente da entidade.Para as centrais, a política de corte da taxa de juros Selic e outras medidas adotadas pelo governo -como a desoneração da folha de pagamentos- estimulam os investimentos públicos e privados em vários setores e impulsionam o crescimento do país.

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DilmaNesta terça, a presidente Dilma Rousseff disse, em evento em Belo Horizonte (MG), que "não há a menor hipótese de o Brasil não crescer" neste ano e admitiu que pode haver necessidade de mexer na taxa de juros do país para combater a alta da inflação. Dilma disse que o impacto de uma eventual elevação dos juros seria menor agora do que era antes de o PT assumir a Presidência porque, segundo ela, houve mudança no patamar da taxa.

"Nós jamais voltaremos a ter aqueles juros que, em qualquer necessidade de mexida, elevava juros para 15%, porque estava em 12% a taxa de juros real. Hoje temos taxa de juros real bem baixa. Qualquer necessidade para combater a inflação será possível fazer num patamar bem menor", afirmou.

Marcha em BrasíliaTrabalhadores e sindicalistas ligados ao Conlutas fazem na próxima semana uma marcha contra a política econômica adotada pelo governo federal. Amanhã, haverá uma panfletagem em vários Estados para preparar a marcha, marcada para o dia 24.

A ideia é reunir 20 mil pessoas, diz José Maria de Almeida, da Conlutas, que fará a marcha com apoio de outras organizações."Além do fim do fator previdenciário, defendemos a aposentadoria e a previdência pública, o aumento geral dos salários e não à alta de juros", disse o sindicalista

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