O preço da cesta básica em Curitiba ficou praticamente estável no mês de março de 2012, em comparação com o índice apresentado em fevereiro. Houve pequena redução, de 0,02%, nos itens da pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (9) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A soma do preços dos produtos essenciais analisados pelo levantamento ficou em R$ 246,11.
Curitiba está entre as onze capitais brasileiras, das 17 analisadas, que apresentaram redução nos preços da cesta básica. Segundo o Dieese, a redução nos três primeiros meses de 2012 chega a 1,01%. No acumulado dos últimos 12 meses, a queda é de 0,93%. O Dieese faz o estudo mensal de 13 itens para compor a pesquisa.
Para uma família de quatro pessoas - um casal com duas crianças -, a cesta básica custou R$ 783,33. Segundo a pesquisa, foram necessários 1,19 salários mínimos para alimentar uma família em março deste ano. O salário mínimo do trabalhador no País deveria ter sido de R$ 2.295,58 no último mês, a fim de suprir as necessidades básicas dos brasileiros e de sua família, segundo o Departamento.
Produtos
No país, apesar da queda no valor da cesta, a maioria dos itens apresentou alta nos preços. A carne, produto de maior peso na composição da cesta básica, apresentou comportamento oposto: teve queda em 11 das 17 capitais - em fevereiro, a queda foi em 15 cidades. Em Curitiba, porém, o valor da carne no último mês teve alta de 0,14%.
Dos produtos analisados na capital paranaense, apenas três tiveram redução: a banana teve queda de 5,52%, o tomate caiu 2,3% e o leite teve redução de 1%. O arroz foi o único produto que ficou com preço estável e nove itens tiveram aumento de preços, com destaque para o feijão (aumento de 3,65%) e a farinha (alta de 2,31%).
Segundo o Dieese, o feijão vem mantendo preços elevados desde 2010 por conta do clima: o plantio principal ocorre em setembro e registrou atraso por causa da seca, além de ter tido redução na área plantada.
Além disso, a média per capita anual de consumo total de azzoz e feijão vem caindo. Enquanto na década de 1960 uma pessoa consumia, em média, 25 quilos de feijão por ano, atualmente essa média é de 17,2 quilos por pessoa, conforme último levantamento realizado pela Embrapa Arroz e Feijão. No campo, a demanda é que guia os preços e define as apostas dos produtores na hora do plantio. Diante do preço baixo da saca de feijão carioca no Paraná e dos riscos climáticos, boa parte dos produtores acabou optando por reduzir a área e apostar em culturas mais rentáveis, como o milho e a soja.
No Brasil
A maior redução nos preços das capitais pesquisadas foi registrada em Goiânia (-6,73%), seguida por Vitória (-2,60%) e Rio de Janeiro (-2,55%). Houve alta em seis cidades. Salvador teve o maior aumento de preços, com 3,6%. Segundo o Dieese, o comportamento dos preços em Curitiba também foi apresentado nas demais capitais, com mais itens em alta do que em queda.
Ainda de acordo com o Dieese, a cesta básica mais cara do país é a de São Paulo, com valor de R$ 273,25. A segunda mais alta é Porto Alegre, com R$ 264,19. Curitiba está em nono lugar. Com o valor da cesta básica da capital paulista, o Dieese calcula que seria necessário um salário mínimo de R$ 2.295,58 (quase quatro vezes maior do que o atual, R$ 622) para suprir a necessidade do valor dos alimentos.
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