Apesar da notícia de que mais de seis milhões de brasileiros sairam da linha da miséria porque passaram a ter renda acima de R$ 125, a quantia ainda não é suficiente para comprar sequer a cesta básica em qualquer metrópole do país. A mais barata, de Fortaleza, custa R$ 141,53.
Em agosto, Porto Alegre foi a capital onde a cesta básica foi encontrada pelo maior preço, R$ 206,39, seguida por São Paulo (R$ 193,04) e Rio de Janeiro (R$ 182,14) e Florianópolis (R$ 180,63).
As cestas com menor custo foram encontradas em Fortaleza (R$ 141,53), Salvador (R$ 146,93) e Recife (R$ 149,26).
Com base no valor apurado para a cesta em Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria ser suficiente para cobrir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria corresponder, em agosto, a R$ 1.733,88, 4,56 vezes o mínimo vigente, de R$ 380. Em julho, o valor do salário mínimo necessário era bem menor, situando-se em R$ 1.688,35, e correspondia a 4,44 vezes o mínimo em vigor.