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PREÇOS

Cesta de produtos típicos da Páscoa fica 25% mais cara este ano, diz FGV

Os peixes frescos também devem subir ainda mais nas próximas semanas, devido ao aumento da procura | Rodolfo Buhrer / 
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Os peixes frescos também devem subir ainda mais nas próximas semanas, devido ao aumento da procura (Foto: Rodolfo Buhrer / Gazeta do Povo)

As famílias que forem celebrar a Páscoa e a Semana Santa com um almoço tradicional terão desde já que reservar uma fatia maior do orçamento para ir às compras. Nos cálculos da Fundação Getulio Vargas (FGV), a cesta de produtos tipicamente consumidos na ocasião ficou em média 25,03% mais cara em relação ao ano passado. Em 2014, essa mesma cesta de itens havia ficado 0,26% mais barata.

Os produtos da feira são os grandes vilões, listou a FGV. Os maiores aumentos nos 12 meses até fevereiro vieram de batata (63,49%), cebola (30,44%) e couve (16,30%). Mas os produtos mais típicos da data também registraram alta de preço acima da inflação média: pescados frescos (16,76%), vinho (15,84%) e bombons e chocolates (9,32%).

No período, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 7,99%. “Bombons e chocolates subiram 9% de preço. A pesquisa não inclui os ovos de Páscoa, mas é um ponto de partida para imaginarmos que o produto, que geralmente tem um apelo maior de compra por conta das crianças, deve ultrapassar essa variação”, afirmou o economista André Braz, pesquisador da FGV responsável pelo levantamento.

Peixe em alta

Os peixes frescos também devem subir ainda mais nas próximas semanas, devido ao aumento da procura, acrescentou. “Semana Santa é o período que o peixeiro lucra mais. Por essa razão, dou mais peso a esse aumento. Ele já acumula o dobro da inflação do período, isso sem nenhuma interferência cambial porque não é um produto importado. Mesmo assim, hoje ainda há mais espaço para a compra do pescado tipo bacalhau, que é mais barato do que o bacalhau verdadeiro (importado)”, disse Braz.

A única queda observada foi no preço do bacalhau e outros pescados salgados, que ficou 3,36% menor do que o registrado na Páscoa de 2014. O resultado é semelhante ao observado no mesmo período do ano passado (-3,30%).

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