O presidente chinês, Hu Jintao, disse neste domingo que seu país vai apoiar os esforços de Portugal para combater a crise financeira, mas não se comprometeu com a compra de títulos da dívida portuguesa, como o país ibérico esperava.
"Queremos tomar medidas concretas para ajudar Portugal a enfrentar a crise financeira global", afirmou o presidente chinês após encontrar-se com o primeiro-ministro português, José Sócrates, sem dar mais detalhes.
Os dois países sinalizaram cooperação em áreas como serviços financeiros, logística, energia renovável e turismo. Também concordaram em trabalhar para dobrar o comércio bilateral até 2015.
Hu disse ainda que vai estimular companhias chinesas a investirem em Portugal, enquanto a China encoraja empresas portuguesas a vender mais produtos no país mais populoso do mundo.
Num exemplo de investimento potencial mútuo, a EDP --maior companhia de Portugal, com atuação na área de serviços públicos-- disse que a China Power Holding International (CPI), com a qual assinou um acordo para uma potencial parceria, havia expressado interesse em comprar uma participação da empresa portuguesa.
Investidores temem que Portugal não consiga gerenciar seu déficit orçamentário, e problemas de dívida vêm provocando um forte aumento nos prêmios pagos pelos títulos públicos do governo, elevando a possibilidade de um pacote de socorro semelhante ao da Grécia.