Brasília – Se persistir a crise no agronegócio brasileiro, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor deve diminuir 1,28% neste ano, com queda já verificada de 0,24% no primeiro bimestre. Os dados, divulgados ontem pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), indicam impacto zero do pacote de socorro para a agricultura anunciado na semana passada pelo governo federal.

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A queda mais acentuada se concentra na pecuária, com redução de 0,38% nos dois primeiros meses deste ano. Os principais motivos, para a CNA, são as restrições à carne bovina por mais de 50 países depois de foco de febre aftosa descoberto em Mato Grosso do Sul no ano passado, a suspensão de compra de carne suína pela Rússia e o temor gerado pela gripe aviária.

Na agricultura, a queda do dólar, a redução do preço das commodities e os altos valores dos custos explicam o desempenho ruim do setor. As projeções da CNA para o resto do ano indicam uma retração do PIB do agronegócio brasileiro para R$ 530,77 bilhões neste ano, contra os R$ 537,63 bilhões do ano passado. A estimativa foi feita em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo e difere da do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por usar indicadores diferentes.

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A participação do agronegócio na balança comercial brasileira também deve ser reduzida de 36,4%, no ano passado, para 33,8%, levando em consideração a continuidade do cenário – taxas de juros, câmbio, custos e preços – até o mês de dezembro.

Em queda

3,42% deve ser a queda na renda do agronegócio este ano, em comparação com 2005, segundo a CNA.

R$ 530,7 bilhões deve ser o PIB do setor este ano, segundo projeção da confederação, contra R$ 537,6 bilhões no ano passado.

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