Copom reduz taxa Selic para 9,75%

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, surpreendeu o mercado e cortou nesta quarta-feira (7) a taxa Selic em 0,75 ponto porcentual, para 9,75% ao ano. Com isso, elevou o ritmo de queda do juro básico da economia iniciado em agosto, quando a taxa havia sido reduzida em 0,5 ponto porcentual

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) comemorou o corte da Selic, anunciado na noite desta quarta-feira (7), mas avalia que há espaço para novas reduções. "A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de ampliar o ritmo de redução da Selic, com queda de 0 75 ponto porcentual, é indispensável para enfrentar o quadro atual de enfraquecimento da atividade econômica brasileira, em especial da indústria", cita a entidade, em nota.

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Para a CNI, esse cenário interno de desaquecimento e a expansão da liquidez internacional justificam a ação mais agressiva do Banco Central. O Copom reduziu hoje a Selic de 10,5% ao ano para 9,75% ao ano.

Para a confederação, a Selic pode cair ainda mais. "A CNI destaca que, com certeza, há necessidade imediata de novas reduções na Selic. A inflação está em desaceleração e a indústria precisa de ações urgentes para recuperar o ritmo da atividade. Uma queda mais incisiva dos juros também contribuirá para amenizar as pressões sobre a moeda brasileira, valorizada pela maciça entrada de capitais de curto prazo no País", destaca a nota.

A CNI defende que é fundamental executar uma política fiscal não expansionista, para assim haver maior espaço para cortes adicionais nos juros. A confederação alerta, ainda, que "essa nova combinação da política macroeconômica é essencial para a retomada do crescimento do PIB acima da média mundial".

Na nota divulgada à imprensa, a CNI afirma ainda que o fraco resultado do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 e a queda da produção industrial em janeiro, apurados pelo IBGE, "explicitam a situação de perda de ritmo da atividade industrial". A confederação alerta que a crise europeia influenciou esse desempenho, mas adverte que "as raízes dessa retração são também estruturais e não apenas conjunturais". A confederação critica também que, entre outros fatores que elevam o custo de produzir no Brasil, estão "o câmbio sobrevalorizado e juros reais dos mais altos do mundo".