A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou como "sensata e pragmática" a decisão do Banco Central de reduzir a taxa Selic em um ponto porcentual. "Denota a percepção da autoridade monetária em adequar a política monetária aos instrumentos de enfrentamento da crise econômica global e dos seus desdobramentos na economia brasileira, que se mostram mais intensos que o esperado", diz a CNI, em nota divulgada esta noite.

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A avaliação da Confederação é de que a decisão atende aos anseios da sociedade, representa um primeiro movimento e "que cortes adicionais na taxa básica de juros deverão ocorrer proximamente". "Com esse movimento, a política monetária brasileira acompanha os demais países no uso do instrumento monetário de forma ativa no combate à crise", diz a nota.

A redução da Selic, avalia ainda a CNI, vai ao encontro da "necessidade e urgência de se reduzir o custo do dinheiro, que se encontra em patamar extremamente elevado e em desacordo com as necessidades dos agentes econômicos, sejam eles empresas ou famílias". Apesar de avaliar como positiva a decisão de hoje do Copom, a CNI destaca que só a queda da Selic não é suficiente. "São necessárias medidas que levem à diminuição do spread bancário, de modo a promover redução mais expressiva da taxa de juros para os tomadores de crédito", diz a nota. O spread bancário é a diferença entre o juro do crédito e o custo de captação dos recursos pelo banco.

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CUT

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, disse que a redução da Selic em 1 ponto é uma demonstração de responsabilidade do Copom em relação ao atual cenário econômico.

Nesta quarta-feira, sindicatos de todo o País fizeram manifestações pedindo a queda da Selic. "Esperamos que as reduções de juros continuem ousadas nos próximos meses como forma de estimular a economia, a geração de emprego e de renda", acrescentou.

Na avaliação do presidente da CUT, a redução da taxa básica de juros é simbólica e deve ser acompanhada pela diminuição dos spreads cobrados pelos bancos públicos e privados.

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