O serviço não é uma novidade no Brasil, mas o time de investidores por trás da CargoX coloca a empresa num patamar de grande promessa para baratear o transporte rodoviário de movimentação de cargas. Criada no fim do ano passado, a startup conecta caminhoneiros autônomos e embarcadores através de um aplicativo e promete baratear o frete em até 30%.
A CargoX funciona por meio de um aplicativo semelhante ao sistema usado pelo Uber. Nele, caminhoneiros autônomos e embarcadores fazem um cadastro e colocam suas informações, como tipo de carga e percurso. O aplicativo faz a intermediação e fecha o melhor frete, tanto para o caminhoneiro, quanto para o embarcador.
A empresa também se responsabiliza por toda a parte legal da carga. Isso significa que se a mercadoria for roubada ou extraviada, a seguradora cobrirá o rombo. A CargoX fica ainda responsável pelo pagamento, ao receber do embarcador e repassar o valor para o caminhoneiro, sendo 70% do montante à vista e antecipado.
A prestação do serviço completo – desde o cadastro, a intermediação e o pagamento – é o grande diferencial da CargoX em relação ao seus concorrentes, como RedeFreteFácil e TruckPad, garante Alan Rubio, diretor de transportes. A ideia de criar a empresa partiu dele e de Federico Vega, ex-vice-presidente do banco de investimentos J.P. Morgan.
Eles começaram a desenhar a startup em 2013 e colocaram no ar o serviço em novembro de 2015. Para isso, reuniram um time de investidores dispostos a aplicar até R$ 100 milhões nos próximos dois anos. Entre eles está o cofundador do Uber, Oscar Salazar.
Redução do frete
Mais do que oferecer um serviço completo de conexão entre caminhoneiros autônomos e transportadores, a CargoX promete diminuir em até 30% o valor do frete – mais uma semelhança ao Uber e um diferencial entre os concorrentes.
Para ter um frete mais barato, a empresa cruza a rota dos seus clientes e sugere cargas de retorno para os caminhões que estão nas estradas, evitando a ociosidade dos veículos. “Fizemos uma pesquisa e constatamos que 40% dos caminhoneiros circulam ociosos, o que encarece o frete”, conta Rubio.
Além da preocupação em otimizar o frete, a startup não conta com ativos. Sem caminhoneiros registrados e gastos com armazenamento, os custos para manter a empresa são menores em comparação com as transportadoras tradicionais.