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Negócios & Marketing

Por que as empresas quebram?

Já falamos aqui sobre a miopia em marketing, buscando compreender os motivos de empresas e setores inteiros virem a baixo. Mencionamos rapidamente a pesquisa inédita do Sebrae-SP, que vamos explorar mais hoje. Trata-se da pesquisa "Causa Mortis: o sucesso e o fracasso das empresas nos primeiros cinco anos de vida", que entrevistou 2.008 sócios-proprietários de empresas no estado de São Paulo (1.569 de empresas em atividade e 439 de empresas encerradas). O estudo é revelador e mostra que as empresas que fracassam ainda falham em pontos básicos. Você certamente quer posicionar sua empresa ao lado daquelas que decolam! Então, preste atenção nas lições trazidas pela pesquisa, que também aponta que nove em cada dez empreendedores que permanecem no mercado estão satisfeitos com sua opção. Especialmente por causa do sentimento de liberdade e independência, e também pelo retorno financeiro (29% e 22% dos entrevistados respectivamente).

Do início às primeiras dificuldades...

Entre os entrevistados, 37% declararam que o desejo de ter um negócio próprio foi o principal motivo para abrir a empresa e outros 26%, devido à identificação de uma oportunidade de negócio. Essas foram as principais motivações, seguidas pela exigência de clientes, vontade de melhorar de vida e falta de oportunidade de emprego. Ou seja, uma minoria foi motivada pela falta de opções, mostrando um ímpeto empreendedor na grande maioria. Já no primeiro ano de atividade, 71% dos entrevistados declararam ter enfrentado dificuldades. A principal foi formar uma carteira de clientes, citada por 22% dos entrevistados, seguida pela falta de capital e de lucro, com 14%.

Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve...

As principais causas identificadas para a mortalidade das empresas foram a falta de planejamento prévio, falhas na gestão e desalinho no comportamento empreendedor. Por exemplo, 46% não sabiam o número necessário de clientes para manter o negócio e não conheciam seus hábitos de consumo. Outros 39% não sabiam qual era o capital de giro necessário para abrir o negócio; 38% não sabiam o número de concorrentes que teriam; e ainda 55% não elaboraram um plano de negócios.

As maiores diferenças na gestão dos que quebraram comparados aos bem sucedidos, mostram que os primeiros não se dedicaram tanto em aperfeiçoar produtos e serviços, em se atualizar em tecnologias do setor, em processos de negócios e ao investir em capacitação. Mas a maior diferença foi observada na adoção de estratégias de diferenciação de produtos e serviços para atrair clientes. Apenas 26% dos que quebraram adotaram esse tipo de estratégia, preferindo aquelas voltadas a preços competitivos, contra 38% dos bem sucedidos.

Por fim, os que fracassaram na condução dos negócios não souberam se antecipar aos fatos tão bem quanto os que prosperaram, não buscaram continuamente por informações e não tiveram persistência na busca de objetivos, pois tão pouco definiram planos de ação com objetivos e metas.

Fique no lado dos vencedores, e busque essas boas práticas.

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