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Overgame

Ação frenética com direito a sustos

A personagem Claire Redfield, de arma em punho: boa mira é tudo | Fotos: Reprodução
A personagem Claire Redfield, de arma em punho: boa mira é tudo (Foto: Fotos: Reprodução)
Zumbis à solta em Darkside Chronicles: o que seria dos games sem eles? |

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Zumbis à solta em Darkside Chronicles: o que seria dos games sem eles?

O game Resident Evil: The Darkside Chronicles, lan­­çado recentemente para Wii, pode ser analisado sob dois aspectos. Pri­­meiramente, poderia se dizer que se trata de um jogo para fãs da série. Não traz um enredo completamente novo e serve mais para fechar os buracos deixados pelas 20 e tantas versões anteriores. Faz isso com uma boa competência e ajuda a amarrar as pontas soltas do universo recheado de zumbis. Mesmo assim, paira a sombra de ser apenas mais um game caça-níqueis.

De outro lado, mas não opos­­to, Darkside Chronicles se destaca ao dar um pouco mais de graça num gênero pouco aceito pelos mais experientes. Com a mecânica "sobre trilhos", é sempre bom perder al­­gum tempo sem se preocupar com o andamento da história e apenas mirar na cabeça de al­­guns mortos-vivos. A jogabilidade é simples: a movimentação é toda feita pelo computador, assim como mudanças de ângulo de visão. Ao jogador res­­ta "assistir" à aventura despejando uma saraivada de ba­­las virtuais com o sensor de mo­­vimento. Em algumas versões vendidas nos Estados Uni­dos, junto com o DVD vem um Wii Zapper, conjunto plástico que transforma o joystick nu­­ma pistola. Ou algo parecido.

Esclarecidos estes pontos, vamos ao enredo. O novo game da Capcom leva Leon Kennedy e o soldado Jack Krauser até as matas da América do Sul em uma missão que se passa pouco antes dos eventos narrados em Resident Evil 4, um dos melhores já lançados. O objetivo de­­les é adentrar em uma pequena vila para resgatar uma criança. Também devem perseguir traficantes que possam ter alguma relação com a corporação Umbrella, conhecida por seus experimentos secretos que podem estar por trás do vírus que transforma pessoas em zumbis. A narrativa vai se fragmentando a ponto de pular de história para acontecimentos de Resident Evil 2 e Resident Evil Code: Veronica. Como falado anteriormente, quem se preocupar em tentar entender to­­dos os meandros terá que fazer o dever de casa e jogar os mais antigos.

De qualquer forma, a franquia da Capcom faz sucesso (ven­­deu mais de 40 milhões de unidades) ao dar bons sustos em quem decide encarar a aven­­­­tura proposta. Com o tiro so­­bre trilhos, perde-se um pouco o lado de suspense normalmente encontrado na série, fo­­cando-se exclusivamente como um jogo de horror de sobrevivência. Isso quer dizer que não há a possibilidade de explorar cenários ou tentar se esconder de algum inimigo. O importante é treinar a pontaria e acerta quase tudo o que se move na tela. Alguns itens deve ser coletados (é só mirar e atirar) para conseguir melhores armas e munição. Já os objetos de cena podem ser danificados conforme a intensidade da ação na te­­la. Vale a pena destruir tudo, pois alguns objetos guardam boas supressas.

Resident Evil: The Darkside Chronicles está longe de ser um jogo cerebral. É mais recomendado para quem quer diversão intensa com direito a alguns sustos por algumas horas. Avan­­ça mais rápido quem tem mais treino no apertar do gatilho e está com a mira em dia. A história deve ser considerada um fator a mais, que pode ser abandonada a qualquer mo­­mento para se curtir apenas o tiroteio. Ressalte-se ainda o capricho do trabalho da Cap­com com o refinamento dos grá­­ficos e de física. Vale os ní­­queis empregados.

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