Borderlands 2 arrasou nas críticas dos grandes veículos especializados: uma boa opção de jogo para quem quer se divertir| Foto: Fotos: Divulgação

Notas

TGS I

A Sony anunciou na semana passada, durante sua conferência na feira Tokyo Game Show, realizada no Japão, um novo modelo de Playstation 3, o terceiro desde que foi lançado no fim de 2006. Disponível em duas cores, Charcoal Black e Classic White – também conhecidas como preto e branco –, a nova versão será 25% menor e 20% mais leve que a atual. A mudança mais visível foi na forma de como o disco do jogo é inserido. O novo sistema lembra o antigo PS2, chamado de "top loader". O usuário deve abrir uma tampa e colocar o jogo na parte superior do console.

TGS II

O poder de armazenamento também aumentou. O modelo mais barato, com 250 GB de HD, custará US$ 250 quando chegar, amanhã, ao mercado norte-americano. Por US$ 299 o consumidor levará o videogame com 500 GB. Junto com os novos modelos, haverá novos pacotes especiais. A versão básica com o jogo Uncharted custará R$ 269. O consumidor terá ainda um bônus de US$ 30 para usar na compra de itens do jogo "free-to-play" Dust 514. Não foram divulgadas informações sobre um possível lançamento no Brasil.

TGS III

A Sony também aproveitou a feira para tentar alavancar o interesse pelo seu videogame portátil. O PS Vita ganhará duas novas cores no Japão, Cosmic Red e Saphhire Blue. Na esteira de anúncios, uma enxurrada de jogos que devem aportar no portátil: Valhalla Knights 3, Muramasa: The Demon Blade,Gundam Breaker, Toukiden e Soul Sacrifice.

CARREGANDO :)

Imaginem, caros leitores, um crítico de cinema que só pode falar sobre filmes da Sessão da Tarde. Como num eterno Dia da Marmota (recomendadíssimo), o crítico deve analisar produções feitas para agradar a todos, daquelas estilo família, diariamente. Piadinhas engraçadinhas e, sobretudo, sem malícia em fórmulas repetidas à exaustão. Fazer análises de videogames, sem querer parecer demasiadamente dramático, chega bem perto disso. Semana após semana este colunista tem de inserir um disco no console e acompanhar aquelas mirabolantes histórias sobre uma terra devastada e infestada por monstros/zumbis/demônios. Quando o objeto a ser analisado é um jogo de tiro, o desânimo começa antes mesmo de ligar a televisão. É muito mais trabalho que diversão, podem acreditar.

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Lançado na semana passada para todas as plataformas (menos para o Wii, mas quem liga para isso?), Borderlands 2 arrasou nas críticas iniciais dos grandes veículos especializados. Na IGN, levou um 9 com um texto terminando em "prepare-se para se perder num mundo hilário, bizarro e maravilho". Segundo o gamerankings.com, a média das notas acompanhou a IGN.

Já preparado, como recomendava a IGN, choveu na tela um bando de clichês. Normal. Uma introdução sobre o mundo de Pandora –com um tom irônico, ressalte-se –, apresentação dos quatros personagens principais e uma música descolada ao fundo. Após muitas gags visuais (hoje todo mundo quer ser Tarantino), tem-se no início da ação, quando o jogador é instado a apertar os botões, um tutorial bem planejado que conta com a ajuda de um robô simpático que não se acanha em soltar chistes impróprias para menores de 2 anos. Só resta uma opção: entrar no clima.

O jogador pode escolher um dos quatro personagens, que fazem parte de um grupo de "Vault Hunters", que flanam pelo mundo caçando missões e recompensas. Cada um deles tem habilidades particulares que podem ser desenvolvidas, lembrando alguns elementos de RPGs. O protagonista acumula pontos de experiência ao abater inimigos, incluindo a coleta de itens sobre os cadáveres. Com isso, dá para melhorar a eficiência dos ataques, diminuir o tempo de recarga do armamento e aumentar a potência do escudo. O esquema lembra bastante um Fallout 3, só que com muito mais munição e ação na tela. Inclusive no gerenciamento de missões, que podem ser feitas várias paralelamente, sem prejudicar o andamento da história (irrelevante).

Um fato importante a ser frisado é que Borderlans 2 não tenta, em momento algum, se levar a sério. A Gearbox parece ter consciência de ter criado um jogo genérico, com alguns poucos diferenciais, para agradar público e crítica e arrasar nas vendas. O mais estranho é que, com o passar das fases e missões, o jogador entra num looping hipnótico, quando não faz o menor sentido tentar acompanhar o enredo e resta apenas se divertir ao testar os insanos armamentos, afinar ainda mais as qualidades de mira e desfrutar de um bons momentos com o cérebro desligado, como num filme da Sessão da Tarde.