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Overgame

Modern Warfare 3 tenta honrar recordes da série

Modern Warfare 3: antecessor vendeu 25 milhões de cópias e rendeu US$ 1 bilhão | Fotos: Divulgação
Modern Warfare 3: antecessor vendeu 25 milhões de cópias e rendeu US$ 1 bilhão (Foto: Fotos: Divulgação)

Se Call of Duty: Modern Warfare 3 quiser entrar para a história, terá de vender mais de 25 mi­­lhões de cópias e ter faturamen­to acima do R$ 1 bilhão. Esta foi a barreira conquistada pelo título antecessor da série. E, como a nova versão é uma ex­­pe­­riência exatamente igual às anteriores, o que sobra são os recordes de vendas. Estar no mesmo patamar, no entanto, já é algo invejável.

Lançado na semana passada para todas as plataformas, MW3 mantém a ação frenética presente na série que já conta com oito títulos. A campanha principal, baseada no universo de uma guerra atual entre americanos e terroristas russos, se­­gue a fórmula "cinematográfica" com jogabilidade extremamente roteirizada. Em grande parte do tempo, o jogador não pode explorar cenários, tendo que se fixar em seguir um script bem limitado.

Mesmo assim funciona, pois o scritp é bem feito.

A história se passa logo após o fim de Modern Warfare 2, com a invasão de Washington, nos Estados Unidos. O principal inimigo é Vladimir Maka­rov, um terrorista russo com objetivos ocultos. "Não são ne­­cessárias as mais poderosas nações da Terra para criar o próximo conflito global. Ape­­nas a vontade de um único ho­­mem", diz em uma de suas cé­­le­­bres frases. A nova guerra se passa a maior parte do tempo no Ocidente, utilizando como cenários Londres, Paris e Ber­­lim, com paisagens incrivelmente detalhadas. O clima de intriga internacional se estende em campanhas na Índia, So­­mália e Rússia.

Este é um dos poucos jogos que consegue mesclar cenas renderizadas não jogáveis (cut-scenes) e ação. Os filmetes servem como uma pausa providencial para abaixar a adrenalina e se recuperar para o próximo desafio.

Saindo da campanha principal, MW3 também faz bonito no multiplayer trazendo diversas ferramentas inéditas, como a habilidade de ficar invisível para aeronaves inimigas e po­­der correr e mirar ao mesmo tempo. O jogo conta ainda com um sistema de evolução de ar­­mas, com melhorias em miras, silenciadores e impacto dos ti­­ros. O "pointstreak" muda a fer­­ramenta de re­­compensa. Agora o jogador será recompensado não apenas quando matar adver­­sários, mas também quan­­do ajudar companheiros e dominar parte do mapa.

Ao contrário de Battlefield 3, analisado nesta coluna na semana passada, Call of Duty é mais focado na troca de tiros. Manobrar veículos ou usar os cenários como armas é secundário. A ação é quase toda ho­­mem contra homem, lembrando muito outro ícone dos jogos de tiros em primeira pessoa, Counter Strike. Há ainda o mo­­do cooperativo para até duas pessoas.

Os servidores on-line foram testados massivamente nas primeiras 24 horas de lançamento. Mesmo assim se mantiveram firmes e poucos problemas foram registrados. Único deslize foi o sistema de estatísticas Elite, que apresentou men­­sagens de erros para os usuá­­rios de PC e exibiu estatísticas em branco. Logo corrigido.

"Call of Duty MW3 promete não apenas ser o jogo mais vendido da história, mas superar até a receita de blockbusters da indústria do cinema", disse em nota Luis Pazos Paredes, representante da Activision no Brasil.

Teoricamente, este lançamento seria o fim da trilogia Modern Warfare. Mas é bom lembrar que também é uma máquina de dinheiro e já se cogita um quarto game para 2012 contando fatos anteriores ao início da guerra. Qual será o recorde de faturamento a ser quebrado?

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