Modern Warfare 3: antecessor vendeu 25 milhões de cópias e rendeu US$ 1 bilhão| Foto: Fotos: Divulgação

Ficha técnica

Modern Warfare 3

Plataforma: PS3, X360, PC, DS e Wii

Categoria: Tiro

Preço: R$ 105 (Steam)

Pró: Ação frenética

Contra: Sem avanços

CARREGANDO :)

Notas

Exposição interativa

Na semana passada foi aberta em São Paulo a mostra interativa Game On, que reúne vasto material relacionado à cultura dos jogos eletrônicos. Quem passar pelo Museu da Imagem e do Som (MIS) até 8 de janeiro terá contato com games que fizeram história e se tornaram referência para a indústria, podendo jogar clássicos como Penny Arcades, Pinball e Space Wars. A exposição, que já passou por mais de 10 países, disponibilizará mais 120 games dos mais diversos gêneros e épocas. Uma verdadeira aula desta incipiente cultura. A entrada custa R$ 10.

Kinect para Windows

O sensor de movimentos da Microsoft foi uma das maiores inovações da indústria dos jogos eletrônicos dos últimos anos. E sucesso de público, já que se tornou o produto eletrônico mais vendido na história logo após seu lançamento. Agora, o acessório que liberta o usuário dos controles físicos irá romper a barreira do entretenimento e deve chegar em 2012 aos computadores. O primeiro kit de desenvolvimento oficial da Microsoft para o Windows está previsto para ser lançado já no começo do próximo ano. Visto o que hackers estão fazendo por aí, manipulando até robôs, teremos muitas novidades pela frente (leia mais abaixo).

Fim de feira

Se o Playstation 3 tinha uma vantagem incontestável em relação à concorrência era o compartilhamento de jogos. Ao comprar um jogo pela PS Store, o jogador poderia ter até cinco cópias do produto. O que muitos vinham fazendo era reunir amigos e comprar o jogo "em sociedade", baixando o preço drasticamente. O problema é que vieram os espertalhões de sempre e começaram a vender jogos compartilhados, prática considerada ilegal pela Sony. A resposta chega nesta semana, quando os novos jogos só poderão ser compartilhados em até dois consoles. Muitos deles nem poderão ser jogados ao mesmo tempo em videogames diferentes. Ou seja, no dia 18 chega ao fim o compartilhamento de jogos.

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Se Call of Duty: Modern Warfare 3 quiser entrar para a história, terá de vender mais de 25 mi­­lhões de cópias e ter faturamen­to acima do R$ 1 bilhão. Esta foi a barreira conquistada pelo título antecessor da série. E, como a nova versão é uma ex­­pe­­riência exatamente igual às anteriores, o que sobra são os recordes de vendas. Estar no mesmo patamar, no entanto, já é algo invejável.

Lançado na semana passada para todas as plataformas, MW3 mantém a ação frenética presente na série que já conta com oito títulos. A campanha principal, baseada no universo de uma guerra atual entre americanos e terroristas russos, se­­gue a fórmula "cinematográfica" com jogabilidade extremamente roteirizada. Em grande parte do tempo, o jogador não pode explorar cenários, tendo que se fixar em seguir um script bem limitado.

Mesmo assim funciona, pois o scritp é bem feito.

A história se passa logo após o fim de Modern Warfare 2, com a invasão de Washington, nos Estados Unidos. O principal inimigo é Vladimir Maka­rov, um terrorista russo com objetivos ocultos. "Não são ne­­cessárias as mais poderosas nações da Terra para criar o próximo conflito global. Ape­­nas a vontade de um único ho­­mem", diz em uma de suas cé­­le­­bres frases. A nova guerra se passa a maior parte do tempo no Ocidente, utilizando como cenários Londres, Paris e Ber­­lim, com paisagens incrivelmente detalhadas. O clima de intriga internacional se estende em campanhas na Índia, So­­mália e Rússia.

Este é um dos poucos jogos que consegue mesclar cenas renderizadas não jogáveis (cut-scenes) e ação. Os filmetes servem como uma pausa providencial para abaixar a adrenalina e se recuperar para o próximo desafio.

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Saindo da campanha principal, MW3 também faz bonito no multiplayer trazendo diversas ferramentas inéditas, como a habilidade de ficar invisível para aeronaves inimigas e po­­der correr e mirar ao mesmo tempo. O jogo conta ainda com um sistema de evolução de ar­­mas, com melhorias em miras, silenciadores e impacto dos ti­­ros. O "pointstreak" muda a fer­­ramenta de re­­compensa. Agora o jogador será recompensado não apenas quando matar adver­­sários, mas também quan­­do ajudar companheiros e dominar parte do mapa.

Ao contrário de Battlefield 3, analisado nesta coluna na semana passada, Call of Duty é mais focado na troca de tiros. Manobrar veículos ou usar os cenários como armas é secundário. A ação é quase toda ho­­mem contra homem, lembrando muito outro ícone dos jogos de tiros em primeira pessoa, Counter Strike. Há ainda o mo­­do cooperativo para até duas pessoas.

Os servidores on-line foram testados massivamente nas primeiras 24 horas de lançamento. Mesmo assim se mantiveram firmes e poucos problemas foram registrados. Único deslize foi o sistema de estatísticas Elite, que apresentou men­­sagens de erros para os usuá­­rios de PC e exibiu estatísticas em branco. Logo corrigido.

"Call of Duty MW3 promete não apenas ser o jogo mais vendido da história, mas superar até a receita de blockbusters da indústria do cinema", disse em nota Luis Pazos Paredes, representante da Activision no Brasil.

Teoricamente, este lançamento seria o fim da trilogia Modern Warfare. Mas é bom lembrar que também é uma máquina de dinheiro e já se cogita um quarto game para 2012 contando fatos anteriores ao início da guerra. Qual será o recorde de faturamento a ser quebrado?

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