MAG: Massive Action Game, lançado na última semana para o Playstation 3, é para um público bem específico: aqueles que possuem o console conectado em banda larga e gostam de jogos de tiro em primeira pessoa (FPS). Não traz história e nem sequer alguma campanha para ser jogada em modo off-line. É pensado para agradar um tipo de jogador denominado como "hardcore", os mais aficionados. Mesmo assim, um detalhe chama a atenção. A Sony promete que, pela primeira vez, 256 pessoas poderão se enfrentar simultaneamente num ambiente de guerra em um videogame.
À primeira vista, ao se colocar o disco blu-ray no drive, não impressiona. Parece se tratar de mais um genérico com gráficos pobres. Realmente, se levado em comparação com os principais concorrentes, como Call of Duty: Modern Warfare 2, pode-se pensar que MAG vai afundar em falta de ideias inovadores. Contudo, o lançamento não tem o objetivo de se destacar com um intricado enredo (lembrem-se que nem história há) e muito menos ser referência em qualidade gráfica. Já nos primeiros minutos de guerra, fica claro que o conceito do jogo é algo muito maior e que, sim, a tecnologia ainda está anos luz de criar uma inteligência artificial tão interessante quanto pessoas reais.
A desenvolvedora Zipper Interactive deve ter trabalhado dobrado para conseguir cumprir a ambiciosa promessa. Se o jogador tiver uma boa conexão, muito possivelmente poderá se divertir por horas sem enfrentar as terríveis demoras de resposta dos controles (lag) que podem ser fatais em determinados momentos, principalmente em um FPS. O resultado impressiona, pois tudo flui com leveza. As conexões para novas partidas são rápidas, pode-se comunicar com os companheiros usando o sistema de voz sem perder performance e há uma boa variedade de modos de disputas. Segundo o programador chefe da Zipper Interactive, Nate Klee, nenhum outro videogame teria tecnologia suficiente para fazer rodar MAG. Colocar 256 jogadores numa mesma batalha só teria sido possível por causa dos 8 núcleos do processador do PS3. Sempre é bom lembrar que a Zipper foi comprada pela Sony, mesmo assim não é de se duvidar do poder de processamento necessário para permitir tantos participantes ao mesmo tempo.
É como se fosse uma versão turbinada do clássico Counter Strike, mas bem mais tumultuada. O jogador deve escolher um tipo de jogo (sabotagem, aquisição, domínio e supressão), escolher a equipe e esperar até que chegue a vez de entrar na ação. A espera normalmente é curta, com menos de dez segundos em média.
Cada jogador faz parte de um esquadrão com oito participantes. Ao todo são quatro times para cumprir um mesmo objetivo, cada um com quatro esquadrões. Ou seja, 128 jogadores para cada lado. Os cenários são baseados no ano de 2025 e são dominados por três facções: S.V.E.R, Valor e Raven. O jogo apresenta um bom editor de personagem, permitindo que se customize uniformes, armas e detalhes físicos. Também há a possibilidade de controlar alguns veículos, como tanques e helicópteros.
A ousadia de ampliar o número de jogadores, porém, não foi o suficiente para agradar a crítica especializada. Principalmente por causa da versão de demonstração lançada alguns dias antes que apresentava grandes problemas, inclusive demora de conexão. Talvez tenha se dado muito foco na questão de qualidade gráfica, item que evidentemente não estava entre as prioridades da desenvolvedora. O objetivo era ampliar as disputas multiplayer e tornar mais interessante os confrontos com adversários humanos e não apenas lutar contra robôs. MAG recria uma experiência parecida com a brincadeira antiga de rua conhecida como "polícia-e-ladrão". O problema era ter 255 amigos e fechar uma rua inteira para brincar. Esse pequeno entrave não existe mais se você tiver uma boa conexão.
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