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Talento em pauta

Chefe é chefe

Lidar com pessoas não é uma das tarefas mais fáceis, já que todos nós possuímos personalidades diferentes, formatadas de acordo com nossas experiências, criação e crenças. Cada um age da maneira que lhe é mais conveniente. Num ambiente corporativo essa dificuldade se expande ainda mais, se levarmos em consideração o fato de que ali há muito jogo de poder, disputa por espaço, inveja, dentre outras sensações relacionadas ao ego de cada um.

Porém, mais difícil do que ter que conviver com um colega de trabalho, com o qual você não se identifica muito, é ter que se subordinar a alguém com quem seu santo não bate. Porém, se seu chefe é a pessoa com quem você não se dá muito bem, não há muito o que fazer, além de tentar manter a paz entre vocês.

Não quero discutir aqui o fato de que respeito mútuo é indispensável, e que não interessa qual a posição de cada um. Porém, infelizmente, alguns chefes abusam de sua posição para impor sua personalidade em cima de seus subordinados. E só resta a você tentar entender como ele funciona e se adequar a isso.

Por isso, entenda como lidar com os diferentes perfis dos chefes que encontramos nas corporações:

Carrancudo

Infelizmente esse é um dos mais comuns. É aquele chefe que chega no escritório e não dá "bom dia" para ninguém. Já chega reclamando das coisas que não foram feitas no dia anterior e não se importa em descobrir os motivos pelos quais as coisas não saíram, simplesmente quer o resultado em sua mesa em cinco minutos. Com esse tipo de chefe, o ideal é passar por cima do orgulho ferido e tratá-lo sempre com muita educação. O mais importante é não se frustrar com suas "patadas", pois elas virão, independentemente se seu trabalho for benfeito. Homens lidam melhor com esse tipo.

Incontestável

Alguns chefes reinam soberanos. Eles sempre estão certos em tudo e jamais admitem que a ideia de seu subordinado pode ser realmente boa. Seu ego é maior que si mesmo, e normalmente falam mais que escutam. Lidar com esse tipo também não é das tarefas mais fáceis, já que expor uma opinião contrária à dele é o mesmo que chamá-lo para a briga. O ideal é exaltar suas conquistas (sem puxa-saquismo), e demonstrar interesse em aprender com ele. Se ele sentir que pode ensinar algo a você, sentir-se-á útil em ajudar e, principalmente, valorizado e admirado – é exatamente isso que ele quer.

Exibidinho

O exibidinho acredita que o mundo gira em torno de seu umbigo. Ele sempre quer os holofotes voltados para si e jamais admite que alguém possa se sobressair a ele. Normalmente, é aquele que quando elogiado por um trabalho toma os méritos para si só, esquecendo-se que há uma equipe por trás daquele projeto. A melhor forma de lidar com ele é ressaltando suas qualidades, quando pertinente, po­­rém chamando a atenção delicadamente para o fato de que o trabalho em equipe deu certo mais uma vez, senão o sucesso não seria o mesmo.

Nossos santos não batem

Essa é uma das piores situações, já que o risco de ser apenas implicância sua (ou dele) é muito grande. Quando os santos simplesmente não batem, a convivência torna-se quase insuportável para ambos, mas é claro que a corda sempre arrebenta pelo lado mais fraco, e nesse caso, é bem possível que você saia em desvantagem. O ideal é tentar conviver civilizadamente com o chefe, lembrando-se sempre que ninguém é perfeito.

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TESTE

1) O chefe é um estúpido, sempre grosso com todos. Você:

a) Devolve na mesma moeda. "Não haverá respeito com ele, enquanto não houver comigo!".

b) Respira fundo, aprende a con­viver com isso e consegue manter o controle. C'est l avie! (é a vida)

2) O chefe detonou seu traba­lho, mesmo estando ótimo:

a) Bate-boca com o chefe e fala para ele ler de novo, pois está ótimo.

b) Pede calmamente que leia com calma e avalie novamente o trabalho feito.

3) O chefe toma as vitórias da equipe todas para si:

a) A equipe reivindica os direitos.

b) Procuram exaltar que o trabalho em grupo foi o que tornou possível essa conquista.

4) O chefe não cobra desempenho da equipe e empurra tudo com a barriga:

a) O time adora. Aproveita o tempo livre e a eterna postergação dos projetos para navegar na internet e bater papo on-line.

b) O time cobra atitudes sérias dele e do superior dele para que a empresa possa prosperar.

5) Os "santos" entre subordinado e chefe não "batem":

a) Ambos viram eternos inimigos. Um colabora para a equipe não crescer, e o outro barra o subordinado de crescer na empresa.

b) Por mais que um não colabore para o convívio pacífico, o outro sempre tenta criar um ambiente que não hostilize e desgaste a relação profissional que ali deve haver.

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É possível escrever um livro com todas as atitudes e comportamentos dos diferentes chefes, aqui estão somente alguns deles. As alternativas "b" mostram as atitudes mais recomendadas para estes casos. A sugestão é, mesmo que os temperamentos sejam complicados de se conviver, tentar deixar o ambiente pacífico, além de não deixar o profissionalismo ser abatido por questões pessoais. Se o convívio pacífico for absolutamente impossível, pedir uma transferência de setor ou até mesmo trocar de emprego são soluções viáveis, mas isto é um tema para outra história.

P.S.Hoje lançarei meu novo livro "Talento em Pauta: Como Reger melhor sua carreira", onde reúno algumas das histórias contadas aqui na coluna e outras inéditas. O lançamento será na Livrarias Curitiba do Park Shopping Barigui, às 19h30.

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