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Talento em Pauta

Sete Pecados no Trabalho: Avareza

Dando prosseguimento à série 7 pecados no trabalho que venho conduzindo há algumas semanas aqui na Coluna Talento em Pauta, falo hoje da Avareza, sentimento que algumas pessoas próximas de nós demonstram, mas que, muitas vezes, não entendemos do que se trata. Antes de tudo precisamos definir o que é avareza. De acordo com o dicionário, avareza é um desejo demasiado e sórdido de acumular dinheiro e/ou bens materiais. Eu diria que o ambiente profissional é o lugar onde podemos identificar com maior facilidade pessoas detentoras desse tipo de sentimento. Afinal, muitas pessoas trabalham com o intuito principal de expandir suas riquezas e acumular bens. Eu diria ainda que é possível identificar vários tipos de pessoas avarentas dentro de uma organização.

Sem dúvida, aqueles que querem crescer profissionalmente e, consequentemente, enriquecer, enfrentam uma linha muito tênue entre o desejo saudável pelo crescimento em si e a vontade exacerbada de acumular riqueza. A diferença está, basicamente, na forma com que se chega lá. Uma pessoa que almeja o crescimento pelo que ele é, busca fazer isso por meios lícitos, galgando cada degrau por vez, sem passar por cima da moral e da ética. Já o avarento deseja com tanta intensidade esse enriquecimento que muitas vezes não consegue enxergar os meios errados que opta por seguir para alcançar seus objetivos. Esses profissionais, infelizmente, passam por cima de outras pessoas, sem medo de machucar ou prejudicar ninguém. Burlam re­­gras, logram processos e perdem a noção do que é certo ou errado, apenas se esforçam em conseguir o que querem, custe o que custar.

Há também pessoas que não conseguem enxergar a importância de investir tempo e di­­nheiro para o próprio crescimento profissional. Eu diria que esses são os mais ingênuos, pois querem tanto acumular riquezas, ter o carro do ano, uma casa nova ou roupa da última moda, que nem percebem que para conseguir tudo isso é preciso ganhar mais. E, consequentemente, para ganhar mais precisam se profissionalizar melhor. Essas pessoas são capazes de gastar o pouco dinheiro que ganham com sapatos e equipamentos eletrônicos dos mais modernos, mas não conseguem enxergar a importância de investir em um curso de língua estrangeira ou uma pós-graduação. Diria que são, além de avarentos, ignorantes, pois não percebem os equívocos que cometem com a própria carreira.

E, pasmem, existem profissionais que são avarentos até com o dinheiro que não é deles. São pessoas que não conseguem enxergar a importância de investir na empresa que trabalham. E, neste caso, esses investimentos podem ser de qualquer espécie. Pode ser a simples escolha da marca de café que será oferecida aos clientes, ou investimentos mais importantes como: políticas bem-estruturadas de cargos e salários, treinamentos contínuos para constante atualização do capital humano da empresa, investimentos em ações, sociedades e associações, dentre outra infinidade de questões que envolvem a vida de uma empresa.

Por fim, existem ainda os profissionais avarentos com os mínimos detalhes. São pessoas que não conseguem, por exemplo, emprestar ao colega da mesa ao lado uma calculadora ou uma caneta que seja. Parece bobo esse tipo de egoísmo, mas é tão grave quanto os outros. Já parou para imaginar nos estragos que um comportamento assim pode causar no clima organizacional de uma empresa?

Preocupo-me com pessoas com esse tipo de sentimento. Muitas vezes elas não percebem o quão mal fazem a si mesmo e às pessoas que estão à sua volta. Perdem muito mais tempo pensando nas formas de acumular mais e mais riquezas e bens materiais e se esquecem de princípios de convivência básicos como solidariedade, cordialidade e ética.

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Mande sua história para coluna@debernt.com.br e siga-me no twitter @bentschev.

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Dicas para conviver com um avarento:

- Entenda que seus princípios não são os mesmos. Não queira ensiná-lo nada, o risco que você corre é de ser passado pra trás;

- Evite pedir coisas emprestadas ou ajuda a essas pessoas. Se, por um acaso, ele o ajudar, cobrará em dobro futuramente;

- Afaste-se de pessoas com esse tipo de sentimento. São, normalmente, pessoas tão carregadas que farão um mal emocional muito grande a você;

- Perceba que as suas noções de investimento X retorno são diferentes da dele. Se for o caso de defender um investimento, esteja muito bem embasado, pois a briga será dura;

- Jamais diga a ele que ele é de fato um avarento. Ele, simplesmente, não tem uma noção clara disso. Acha, apenas, que é normal agir como ele age.

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Teste

Assinale a alternativa que mais se aproxima de sua forma de agir:

1. Você e cinco colegas fizeram um bolão para o sorteio de um prêmio em dinheiro e são sorteados:

a) Você fica feliz por ter ganhado e fica com a sua parte.

b) Pensa: "Puxa, se eu tivesse comprado sozinho, ficaria com o prêmio todo para mim."

2. Seu chefe lhe sinaliza uma promoção:

a) Você pergunta quais são os desafios da função.

b) Você quer saber qual será o salário.

3. Seus funcionários lhe pedem para que a empresa patrocine um curso:

a) Acredita ser um investimento importante e autoriza.

b) Acredita que tem coisas mais importantes para investir a verba do seu orçamento.

4. Sua equipe tem um relatório urgente para entregar e a impressora pifou:

a) Corre para o cyber café ao lado da empresa e imprime o material.

b) Fica esperando uma solução, pois sem a liberação de dinheiro pela área financeira, não tem imprimir fora da empresa.

5. Um colega, conhecido por nunca pagar suas dívidas, lhe pede um real emprestado:

a) Você "empresta", mas sabe que ele não vai pagar mesmo.

b) Não empresta, pois sabe que ele não vai pagar.

6. Você descobre que seu colega ganha mais que você:

a) Fica um pouco chateado, mas não fica pensando nisso.

b) Fica arrasado e não consegue tirar isso da cabeça.

7. Seus funcionários reclamam que as condições de trabalho não são favoráveis:

a) Avalia as condições de trabalho para verificar a necessidade de investimento.

b) Pensa: "Eles reclamam de barriga cheia."

8. Os colegas do escritório vivem pegando suas coisas emprestadas sem pedir.

a) Não se importa, eles sempre devolvem.

b) Acha uma falta de respeito com as suas coisas.

Se a maioria de suas respostas se concentrou na letra "b", avalie se não está exagerando no apego. Lembre-se do velho ditado: " A economia é a base da porcaria."

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