Imaginar que nossa mente não esquece nada seria simplesmente perfeito. Já imaginou lembrar-se de cada palavra do último livro que você leu? Infelizmente, isso não acontece. É verdade que há pessoas com boa capacidade de recordação, mas, para quem continua acreditando que a memória é infalível, eu desafio a montar o cardápio dos últimos 7 dias... Poucos conseguirão. Bem, o exemplo pode parecer bobo, mas levemos isso ao nosso trabalho.
Há uma série de erros que vejo muitos profissionais cometerem e que levam ao esquecimento. Um dos principais é não registrar o que foi combinado. Combinar verbalmente prazos de entrega de projetos ou desenvolvê-los sem deixar qualquer registro é garantir que pelo menos metade deles deixe alguma informação passar batida ou que haverá erros. Você provavelmente já vivenciou aquele "OK, fulano. Mando-lhe tal arquivo na quinta" nos corredores de seu escritório, ou "em 5 dias isto estará pronto". Se, por acaso, uma das pessoas se lembrar e então cobrar o outro, não há como provar que a informação é verdadeira, simplesmente por não estar registrado em um papel ou e-mail, por exemplo. E já vi algumas boas discussões por causa desses combinados informais.
Alguns estudos calculam que a média de retenção de informação do humano é a seguinte: 20% do que escutamos, 30% do que escutamos e vemos e 50% do que escutamos, vemos e praticamos. Com base nisso, a primeira e mais óbvia atitude que podemos tomar é não confiar na nossa memória. Se ela fosse tão brilhante e registrasse 100% de tudo o que temos contato, os leitores ávidos seriam verdadeiros gênios. Nossa cognição é falha, sim.
Por mais importante que seja a informação que se recebe, estamos suscetíveis ao esquecimento. Afinal de contas, são tantas informações provenientes de diferentes fontes que obviamente a mente fica um pouco saturada. Eis algumas dessas fontes: jornal, televisão, rádio, e-mail, bate-papo (pessoal e internet), reuniões no trabalho, algum telefonema, SMS, a revista preferida, o livro da leitura noturna, etc. Um bocado, não?
Mas, voltando ao trabalho, para evitar transtornos e situações embaraçosas, registre tudo. Envie e-mails, escreva recados na agenda ou deixe bilhetes autoadesivos basta que contenham a data e o assunto a que aquilo se refere, isso já evita uma série de problemas.
Outra dica é priorizar as atividades. Além de fazer todas as anotações necessárias, registre também a ordem em que devem ser feitas, as etapas de cada processo, a data de entrega de cada parte do relatório, e por aí vai. Pode parecer exagero, mas anotar tudo isso garante que você não pule nenhum processo ou esqueça algo muito importante.
Aliás, quando se fala em esquecer e lembrar, tudo está muito ligado a planejamento e organização. Coincidência ou não, os profissionais mais "esquecidinhos" geralmente demonstram serem desorganizados, seja na estação de trabalho ou em casa. E neste ponto alguns profissionais precisam olhar para o próprio umbigo e ver se a impressão que estão passando aos outros, como profissional, não é de desleixo ou preguiça.
Uma pessoa que frequentemente se esquece das coisas, e não tem o costume de anotar nada, normalmente tem uma mesa bagunçada, passa a impressão de um profissional desleixado, preguiçoso, que não se importa com os afazeres do trabalho. Isso obviamente é péssimo para a sua imagem.
Por outro lado, caso os esquecimentos sejam reincidentes e após repetidas advertências e conversas o comportamento da pessoa não mude e nada pareça surtir efeito, antes de tomar alguma atitude mais efetiva em relação ao empregado, pode ser necessária uma avaliação mais séria. Ele pode ter dificuldades reais em retenção de dados, memória ou mesmo um déficit de atenção. Se isso realmente acontece, e a pessoa escolheu uma profissão que exija concentração e raciocínios mais complexos, uma boa conversa seguida de uma orientação profissional pode ajudar muito.Para quem gosta de exercitar a mente e deseja potencializar estas capacidades, os exercícios de raciocínio, como lógica, palavras cruzadas, diretas e até mesmo a leitura ajudam na rapidez e retenção de dados no nosso cérebro.
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TESTE
Qual é a imagem que você passa aos seus colegas?
1) As pessoas:
a) Gostam de lhe atribuir tarefas, pois sabem que você cumpre com os prazos.
b) Não lhe dão tarefas de peso, pois você sempre atrasa a entrega ou simplesmente as esquece.
c) Nunca. Se ele sai, a empresa para.
2) Seus ambientes (estação de trabalho, quarto, escritório, casa) são:
a) Organizados, separados por tema, cor, tipo de roupa, tipo de documento, há uma pasta para cada assunto. Cada coisa tem seu lugar.
b) Tem um espaço reservado para cada coisa, mas vários objetos são deixados aleatoriamente nos espaços que passa o dia. Roupas penduradas na cadeira, papeis misturados no escritório.
c) Só o presidente domina o negócio.
3) Como você planeja seus dias/rotina?
a) Um dia antes ou vários dias antes você sabe o que fará em determinado dia e em cada horário. Tudo já é pré-definido. Seja mentalmente ou em uma agenda.
b) Simplesmente vai se ajeitando conforme as coisas vão acontecendo.
c) O atual presidente decide tudo sozinho.
4) Seus projetos paralelos, pessoais e profissionais:
a) Têm data e cronograma de etapas e conclusão. Cada coisa deve ser feita em seu tempo, de maneira a otimizá-lo, e não desperdiçá-lo.
b) Vai fazendo conforme sobra tempo, afinal de contas, também não pode deixar de dar tempo ao lazer e relaxamento.
Se você se identificou mais com as alternativas "b", é bom começar a por sua vida nos trilhos etapa por etapa. Ao organizar sua vida em todos os campos possíveis, você descobrirá como é possível ser muito mais produtivo e que consegue fazer 5 coisas em um dia, ao invés de 2 ou 3. Planeje-se, otimize seu tempo, aprimore seu desempenho e note a diferença. Se marcou muitas "a", você pode ser rígido demais com você mesmo, e também com os outros. Procure ser mais flexível e aceitar mudanças repentinas afinal, nem tudo acontece exatamente como planejamos.
