O Federal Reserve (Fed) começou nesta terça-feira (28) uma nova reunião para analisar a política monetária nos Estados Unidos, com todos os olhares voltados a possíveis pistas sobre a alta de taxas de juros, atualmente entre 0% e 0,25%, devido à solidez mostrada pelos últimos indicadores econômicos do país.
Todas as apostas parecem apontar que este aumento nos juros, o primeiro nos EUA desde 2006, ocorra na reunião de setembro do Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed, órgão que rege a política monetária do país.
O tom otimista do banco central aumentou nas últimas semanas, e a presidente da instituição, Janet Yellen, ressaltou neste mês, em seu pronunciamento semestral no Congresso, os sinais de consolidação da economia americana.
“Se a economia evoluir como está previsto, as condições econômicas podem fazer com que seja apropriado aumentar as taxas de juros de referência em algum momento deste ano, para começar a normalizar a política econômica”, disse Yellen ao comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes.
Mercado de trabalho
São especialmente positivas as perspectivas no que se refere ao mercado de trabalho, área na qual a presidente do Fed garantiu que “está cada vez mais perto de um estado normal” e continua “mostrando progressos”.
Após uma paulatina e constante queda, a taxa de desemprego nos EUA é atualmente de 5,3%, o nível mais baixo em sete anos, registrado antes da explosão da aguda crise econômica de 2008.
Além disso, a atividade econômica parece ter recuperado seu ritmo sustentado de crescimento após um fraco primeiro trimestre, no qual caiu 0,2% em relação aos últimos 12 meses, e espera-se que o segundo trimestre fique em torno de 2,9%.
Os recentes indicadores de despesa dos consumidores, que representam cerca de dois terços da economia americana, investimento em bens de capital e mercado imobiliário apontam para uma saudável expansão no segundo semestre do ano.
Barreiras
A dúvida, no entanto, se mantém em torno da força do dólar e a queda dos preços do petróleo, dois fatores que o Fed tinha previsto que iriam se estabilizar a médio prazo.
Mas o petróleo voltou a cair nas últimas semanas abaixo da casa de US$ 50 o barril, algo que afetou notavelmente o setor energético americano.
Estes elementos parecem conter o esperado aumento da inflação , que está muito abaixo do objetivo a médio prazo de 2% estabelecido pelo Fed.
No entanto, também neste aspecto ocorre uma melhora, já que o índice de preços nos EUA cresceu em junho 0,3%, para 0,1%.
A próxima reunião do Fed, na qual os analistas prevem que ocorra a primeira alta dos juros, está marcada para os dias 16 e 17 de setembro.
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