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Mercado financeiro

Com atuação do BC, dólar fecha em queda de 1,05%

Superando a instabilidade do começo do pregão, a moeda norte-americana voltou a perder valor ante o real nesta quarta-feira (17).

A moeda norte-americana fechou em queda de 1,05%, negociada a R$ 2,347.

A queda na sessão desta quarta está alinhada com a formação de preço do dólar no mundo todo, depois que o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, derrubou a taxa de juros do país para próximo de zero.

A moeda passou o dia repercutindo a instabilidade do pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a queda dos juros nos Estados Unidos e refletindo também as atuações do Banco Central (BC) no mercado de câmbio.

O BC vendeu US$ 500 milhões em um leilão à vista na tarde desta quarta. Foram aceitas, ao todo, quatro propostas, com três vencimentos diferentes. A taxa de venda foi de R$ 2,366.

Na última operação desse tipo, realizada em 19 de novembro, o Banco Central havia fechado sete propostas com três vencimentos diferentes, no valor total de US$ 1,07 bilhão.

Operação de "swap"

O BC também realizou nesta quarta-feira mais um leilão de contratos de "swap" cambial que vencerão em 2 de janeiro de 2009. Do lote de 44,8 mil contratos, apenas 20,64 mil foram colocados, o que representa 46% do total. A operação movimentou US$ 1,01 bilhão.

O "swap" é um acordo para troca de rentabilidade dos ativos financeiros. Com o swap cambial, a autoridade monetária assumre o risco da flutuação da taxa de câmbio e recebe, em contrapartida, a variação da taxa de juros (Selic).

Juros nos EUA

No final da tarde de terça-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), cortou a taxa de juros norte-americana de 1% para uma faixa entre zero e 0,25% - o menor nível da história, em um novo esforço para combater o congelamento do crédito.

A redução é mais uma na sequência de baixa que já derrubou a taxa básica dos EUA em quase cinco pontos percentuais em pouco mais de um ano, desde o nível de 5,25% ao ano que prevalecia antes do início da crise financeira no ano passado.

Com o juro baixo lá fora, o Brasil se torna mais atrativo aos investidores, aumentando o fluxo de dólares por aqui e reduzindo a cotação da moeda.

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