| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os dados do mercado de trabalho americano fazem o dólar ganhar força nesta sexta-feira (5). Às 15h03, a moeda americana era negociada em alta de 0,35% ante o real, cotada a R$ 3,908 na compra e a R$ 3,910 na venda.

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Esse movimento ocorre em escala global – o “dollar index“, da Bloomberg, tem alta de 0,65%. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra leve alta de 0,23%, aos 40.914 pontos. É o terceiro pregão de alta do Ibovespa.

“O dólar ganha força com a redução da taxa de desemprego e aumento dos salários. Isso reacende a preocupação com a inflação e coloca pressão sobre a política monetária. Os investidores esperam um novo aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o bc americano) no segundo semestre do ano”, avaliou Paulo Nogueira Gomes, economista-chefe da AZ Futura Invest.

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Na quinta-feira, o dólar fechou abaixo dos R$ 3,90 pela primeira vez no ano.

Desemprego

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgou que o índice de desemprego caiu de 5% para 4,9% em janeiro, a menor taxa em oito anos. Por outro lado, a criação de vagas ficou em 151 mil no mês passado, ante expectativa de 190 mil.

A queda da taxa de desemprego mesmo com menor criação de vagas sugere que menos pessoas estão procurando emprego. Já o aumento de salário ficou em 0,5% em janeiro, o que anualizado indica um crescimento de 2,5% e pode, no futuro, pressionar a inflação – a meta no país é de 2%, mas que está controlada devido à queda do preço dos combustíveis.

Petrobras em queda

Após a disparada no pregão de quinta-feira, as ações da Petrobras passaram a operar em terreno negativo nesse pregão. Os papéis preferenciais PNs, sem direito a voto) caem 2,11%, cotados a R$ 4,63, e os ordinários (ONs, com direito a voto) recuam 0,74%, a R$ 6,62. No exterior, o petróleo do tipo Brent cai 0,41%, a US$ 34,32 o barril.

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Já a Vale sobe com a recuperação do preço do minério de ferro no exterior. Na China, a tonelada fechou no maior nível desde novembro. As ações preferenciais sobem 2,45% e as ordinárias avançam 2,99%.

Entre os bancos, o Banco do Brasil ON sobe 1,01%, e o Bradesco PN sobe 0,40%. Já o Itaú Unibanco PN avança 1,54% (R$ 25,08).

Na agenda doméstica, o principal indicador é a inflação oficial que subiu 1,27% em janeiro, contra 0,96% registrada no mês de dezembro, informou o IBGE. O índice, acima da expectativa dos economistas, é maior do que o registrado em janeiro do ano passado (1,24%) e o mais alto para o mês desde 2003, quando atingiu 2,25%. Em 12 meses, o IPCA ficou em 10,71%.

Os mercados globais operam com perdas. O DAX, de Frankfurt, recua 1,14%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, tem queda de 0,66%. No FTSE 100, de Londres, a desvalorização é de 0,86%. O Dow Jones cai 1,09% e o S&P 500 recua 1,65%.

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