As bolsas de valores norte-americanas caíram nesta sexta-feira (7) e entraram em território negativo no ano, por temores de que a crise de crédito com origem na Grécia esteja golpeando o sistema financeiro, em meio a dúvidas sobre o que provocou a queda dramática dos índices na véspera.

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O Dow Jones, referência da bolsa de Nova Iorque, recuou 1,33%, para 10.380 pontos, abaixo da pontuação de 10.428 pontos registrada no encerramento do ano passado. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 2,33%, para 2.265 pontos. O Standard & Poor's 500 perdeu 1,53%, a 1.110 pontos.

No acumulado da semana, o Dow cedeu 5,7%, e o S&P 500 retrocedeu 6,4%, maior queda semanal desde março de 2009. O Nasdaq despencou 8%, pior desempenho para o período desde novembro de 2008.

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O índice de volatilidade da CBOE, o mais utilizado por Wall Street para mensurar a apreensão do mercado, subiu 25%, enquanto o volume de ações negociadas, de 17,6 bilhões de papéis, foi o segundo maior do ano.

"A crise de dívida da Europa é um grande problema que não acabará a qualquer momento. Mas, com o que aconteceu ontem [quinta], os investidores ficaram mais preocupados com que o ambiente e o momento simplesmente não sejam seguros", disse Stephen Massocca, diretor-geral da Wedbush Morgan, em San Francisco.

Governos em todo o mundo tentaram acalmar os mercados após temores de que a crise de dívida grega possa se espalhar. O custo do seguro contra um eventual default por parte do sistema bancário europeu atingiu níveis não vistos desde o auge da crise econômica de 2009.

Dentre os principais índices, o Nasdaq foi o que apresentou o pior desempenho, uma vez que o setor de tecnologia puxou a queda do mercado como um todo. As ações da Apple recuaram 4,2% e as da Intel cederam 0,9%.

Maior perda

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Na quinta-feira, o Dow Jones sofreu o maior recuo intradia de sua história ao perder temporariamente quase mil pontos.

A queda pode ter sido exarcebada por erros em operações que mostraram o valor de algumas ações despencando por um breve momento para quase zero. A Nasdaq e outras bolsas afirmaram que cancelaram operações que apresentaram erros. A Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais dos EUA) realizou discussões com outros reguladores para tentar esclarecer as causas do movimento.

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