As mudanças recentes na economia geradas pela desvalorização do dólar diante do real têm feito alguns transportadores estudarem adaptações no negócio para atender às exigências da importação. O objetivo é contar com soluções maleáveis, que possam compensar as perdas em uma operação e aproveitar o bom momento da outra.
Celso Azevedo, há 17 anos operando no Cone Sul com sua Exportadora Intermerco, quer aproveitar o conhecimento no comércio exterior para também atuar como importador. "Ainda estamos em vantagem, mas, pelo que pudemos perceber o ideal será apostar nesta nova janela que está se abrindo", diz.
Cálculos da Associação dos Transportadores Internacionais de Foz do Iguaçu (Atifi) mostram que nos últimos dois anos a queda no movimento de cargas na fronteira supera os 60%. Nos primeiros cinco meses do ano, a retração em relação ao início de 2006 já passa dos 40%. "Antes era comum o caminhão ir e voltar carregado. Agora, quase sempre volta vazio. O relacionamento entre o Paraguai e a Argentina tem crescido. Se o Brasil se atentar, ainda tem tempo de reverter esta situação", projeta o secretário da Atifi, Edmilson Souza dos Santos.
(FW)