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Crise

Concordata da GM não afetará operações no Brasil, diz montadora

O presidente da General Motors do Brasil, Jaime Ardila, explicará nesta terça-feira (2), durante coletiva de imprensa, o processo de concordata da matriz e os possíveis reflexos para a subsidiária brasileira. Até o anúncio da concordata, a GM do Brasil reforçou que as operações no Brasil não serão afetadas pelo processo que passa a matriz, nos Estados Unidos.

Desde o início do desenvolvimento do plano de reestruturação da companhia, a GM do Brasil reforça que, por ser uma subsidiária, tem independência financeira e jurídica. Por esse motivo, os planos de investimentos no Brasil estão mantidos.

De acordo com o diretor de vendas e marketing da General Motors do Brasil, Marcos Munhoz, a subsidiária brasileira passa por fase próspera no país. "Conseguimos ajustar os estoques e equilibrar a produção. Além disso, o índice de satisfação do consumidor chegou a 91%", observou o executivo durante evento em São Paulo em maio.

Sobre o mercado brasileiro, Munhoz ressalta que este é o terceiro mercado mais importante para a General Motors e que o rumor de que a Fiat compraria a GMB é apenas especulação. O que foi confirmado pelo presidente da Fiat do Brasil, Cledorvino Belini.

Em abril, o vice-presidente da GMB, José Carlos Pinheiro Neto, reforçou ao ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que o Brasil só seria afetado em caso de falência, possibilidade afastada pelo executivo. "Mesmo com concordata, a GMB não será afetada, porque temos independência jurídica e financeira. Somos uma subsidiária", observou Pinheiro Neto.

O presidente da General Motors do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, também reforçou a independência financeira da GMB, ao falar sobre o investimento de parte dos US$ 1 bilhão anunciados pelo presidente Jaime Ardila no ano passado, que inclui 16 novos produtos que começam a ser lançados a partir do segundo semestre - entre eles o Viva, substituto do Corsa -, e a construção da fábrica de motores em Joinville.

De acordo com Jaime Ardila, os investimentos serão com recursos próprios. "Desde janeiro não repassamos dividendos à matriz, para financiar os projetos locais", destacou Ardila em encontro organizado neste mês na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), em São Paulo.

Projetos futuros

Embora a montadora não confirme, fontes do setor afirmam que a General Motors do Brasil reserva novos investimentos. Entre eles estaria a ampliação do complexo de Gravataí, no Rio Grande do Sul, onde passaria a ser produzido uma nova linha com base no protótipo GPix, apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo no ano passado. A gama possivelmente incluirá um utilitário esportivo, um sedã, um hatch e uma picape.

A especulação vem de encontro com recentes declarações do ministro Miguel Jorge de que "uma das líderes de mercado" investirá US$ 1 bilhão na duplicação de uma fábrica e o desenvolvimento de novos produtos. A afirmação foi feita neste mês, em reunião com representantes da indústria na Câmara Americana de Comércio (Amcham).

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