O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 3,9% em outubro na comparação com setembro, para 63,4 pontos, na série com ajustes sazonais, divulgou na manhã desta terça-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Esse é o pior nível da série histórica, iniciada em julho de 2010. Na comparação com outubro de 2014, o ICST registrou retração de 34,0%.
Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção da FGV/IBRE, avalia que os sucessivos recordes negativos dos indicadores de confiança são reflexo do enfraquecimento do nível de atividade no setor, acentuado nos últimos meses. “Não por acaso, a falta de demanda vem sendo apontada pelas empresas como o principal limitador à melhoria do ambiente de negócios”, afirmou, em nota.
Em outubro, a baixa do índice em relação a setembro decorreu, principalmente, da piora da percepção do empresariado em relação à situação presente dos negócios.
O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 7,9% em outubro na margem, passando a 45,3 pontos, também um recorde negativo. A maior contribuição para este resultado veio do componente que avalia o grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios, que recuou 8,5%, alcançando 43,2 pontos. A FGV destaca que o indicador varia entre 0 e 200 e nos últimos 12 meses já caiu 50,5 pontos.
O Índice de Expectativas (IE) também registrou variação negativa na passagem de setembro para outubro, ao recuar 1,7%, para 76,6 pontos, também o menor nível da série.
Entre as principais dificuldades apontadas por empresários do setor, estão a demanda insuficiente, o acesso ao crédito bancário e preocupações quanto ao ambiente macroeconômico. A FGV destaca que a demanda menor que a considerada ideal segue como principal gargalo do setor. Em outubro de 2014, era apontada como principal fator de limitação por 39,1% dos entrevistados. No décimo mês de 2015, foi a resposta de 52% dos pesquisados.
Em segundo lugar, aparece o item outros, que passou de 16,2% das repostas para 27,9%. Neste componente, a FGV observa as frequentes referências à incerteza no cenário macroeconômico. Na terceira colocação está o acesso ao crédito bancário, que era a resposta de 13,0% dos entrevistados em outubro de 2014 e passou a ser apontada por 23,7% neste mês.
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