O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta terça-feira (15) a autorização para que os trabalhadores possam aplicar parte do seu saldo em um fundo de investimento em infraestrutura, que será gerido pela Caixa Econômica Federal.

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Inicialmente, segundo o governo, até R$ 2 bilhões dos saldos do FGTS poderão ser aplicados neste fundo, que poderá realizar investimentos em obras dos setores de energia, rodovia, ferrovia, hidrovia, portos e saneamento. Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a primeira oferta pública deverá acontecer entre março e abril de 2010.

Remuneração

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O objetivo da medida seria proporcionar um rendimento maior do que os 3%, mais Taxa Referencial (TR), oferecidos pelo FGTS atualmente. Entretanto, não há uma garantia formal de que a remuneração será superior ao que é pago aos trabalhadores pelas regras atuais.

"O risco é de uma aplicação como qualquer outra de mercado", afirmou Lupi a jornalistas nesta terça-feira. Em 2007, o secretário-executivo do Conselho Curador do FGTS, Paulo Furtado, já explicava que não haveria garantia de um rendimento melhor. "O trabalhador não vai ter a garantia. Se [o projeto em infra-estrutura] micar, perdeu o dinheiro", disse naquele momento.

Para o vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal, Wellington Moreira Franco, a medida é "oportuna e necessária como mecanismo que inicia o processo de melhoria da rentabilidade das contas vinculadas do FGTS".

Demanda

Caso a demanda dos trabalhadores seja superior aos R$ 2 bilhões já autorizados pelo Conselho Curador do FGTS, será feito um rateio entre os cotistas – o que deverá permitir a participação mesmo de quem não dispõe de muito dinheiro no Fundo.

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