O consórcio Energia Sustentável, responsável pela construção da hidrelétrica de Jirau (RO), vai se reunir na quarta-feira com a Camargo Corrêa para avaliar a volta de cerca de 17 mil funcionários da construtora ao trabalho.

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Segundo o presidente do consórcio, Victor Paranhos, havia a expectativa de que parte desses funcionários retornasse nesta terça-feira. "Mas há uma certa insegurança... como o ambiente está pesado, (a construtora) está avaliando o que vai acontecer", disse à Reuters por telefone.

Na semana passada, uma rebelião de funcionários paralisou as obras da usina e destruiu 70 por cento dos alojamentos e também veículos no local. O temor fez com que as obras da usina vizinha de Santo Antônio também fossem paralisadas.

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"Hoje dentro das obras já tem cerca de 1 mil pessoas trabalhando... Muita gente ainda não quer voltar a trabalhar porque está com medo", disse Paranhos. "Mas espero que a Camargo volte ainda nesta semana."

Dos 17 mil funcionários da Camargo Corrêa, segundo Paranhos, cerca de 8 mil voltaram para suas cidades, enquanto o restante continua próximo das obras. Mas como grande parte dos alojamentos foram incendiados, o cálculo é de que haja, no momento, espaço para receber de 5 mil a 6 mil pessoas.

Segundo Paranhos, há cerca de 21 mil pessoas envolvidas na construção da usina de Jirau, no Rio Madeira, que terá capacidade instalada de 3.450 mil megawatts (MW) de energia.

O presidente do consórcio também afirmou que deverá haver alteração no cronograma da Casa de Força 1. O grupo, conforme Paranhos, está discutindo qual é o tamanho do atraso, mas ele lembrou que a linha de transmissão também está mostrando atraso em sua construção.

Santo Antônio

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O consórcio responsável pela construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, também no Rio Madeira, informou nesta terça-feira que os trabalhadores convocados ao retorno das atividades voltaram "de forma organizada e com absoluta tranquilidade" ao canteiro de obras.

As atividades da obra de Santo Antônio, porém, somente serão retomadas após assembleia que deverá ocorrer na quarta-feira, quando será definida uma pauta de negociações com os trabalhadores.

As obras da usina, que terá capacidade instalada de 3.150 MW, foram paralisadas na última sexta-feira, em uma ação preventiva após os tumultos em Jirau.