As empresas de limpeza e conservação que já atuavam no segmento identificaram o nicho de contratação avulsa de serviços domésticos e registram crescimento de dois dígitos ao ano, apesar da retração da economia do país.
Há 15 anos no mercado, criada em Portugal, a House Maid chegou ao Brasil quase junto com a nova lei, mas estudava o mercado desde 2010. Em pouco mais de um ano e meio de operação, a empresa tem 15 unidades e cem empregados contratados no país. Os profissionais são admitidos pelas normas da CLT para jornada de 44 horas semanais. Recebem treinamento e são supervisionados ao serem escalados para as diárias, que custam R$ 150, para o mercado de Curitiba, por exemplo.
“O cliente não quer correr riscos trabalhistas e tem a segurança da contração de alguém que já foi treinado e tem referências comprovadas”, explica a diretora da marca para o Brasil, Ivanira Gomes. A expectativa da empresa é aumentar em 30% o faturamento este ano no Brasil, contra uma média de 7% registrada nas unidades europeias. “A doméstica tem pouca iniciativa e fora das agências são pouco competitivas por causa da relação de confiança e os riscos. No agenciamento, elas têm maior profissionalização”, diz Ivanira.
Sem vínculo
O aumento dos custos de manutenção de uma empregada doméstica fixa –horas extras, férias, 13.º salário e encargos trabalhistas – impulsionou os negócios da Maria Brasileira, fundada em 2013, que oferece profissionais para serviços domésticos. “A vantagem de o contratante não ter nenhum vínculo com o profissional é um dos motores do negócio. Hoje realizamos 10 mil atendimentos por mês, média que cresce 10% a cada 30 dias”, diz o sócio fundador da empresa, Eduardo Pirré.
A marca tem 97 unidades em todo o país e outras 18 em processo de contratação. A meta para 2015 é fechar com 200 lojas e dobrar o faturamento, chegando a R$ 30 milhões. A Maria Brasileira trabalha com contratos em CLT e profissionais freelancers em que o agenciamento fica com 30% da diária cobrada do cliente. (APF)