O cenário é favorável estabilização dos preços do petróleo e do gás de bujão, ou de cozinha, de acordo com avaliação do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação tendência de inflação para 2009. Os preços desses produtos não devem sofrer reajuste no decorrer do ano, segundo a ata da reunião do Copom, realizada na semana passada, divulgada nesta quinta-feira (29) pelo Banco Central.
O mesmo não deve ocorrer com relação s tarifas de telefonia fixa e de eletricidade. As projeções de reajustes acumulados em 2009 para esses produtos foram mantidas em 5% e 8,1%, respectivamente, como já manifestara o Copom na reunião de dezembro passado.
O colegiado de diretores do BC acredita que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), balizador da inflação, deve convergir ainda este ano para a meta de 4,5%. Mas, de acordo com simulações realizadas até agora, o conjunto de preços administrados (combustíveis, eletricidade, telefonia, educação, transporte público, saneamento e outros) deve ter reajuste acumulado de 5,5% em 2009.
Embora projete reajuste zero para gás e gasolina, a ata do Copom salienta a existência de volatilidade nos preços internacionais do petróleo, que tiveram queda acentuada no segundo semestre do ano passado.
O Copom acena, inclusive, com a possibilidade dessa redução se transmitir para a economia doméstica, tanto por meio de cadeias produtivas, como a petroquímica, quanto pelo efeito potencial sobre as perspectivas de inflação.
O comitê menciona que ficará particularmente atento ao comportamento de preços das commodities agrícolas (produtos com cotação internacional), que têm forte impacto na evolução dos custos alimentares, como trigo, soja e milho. Esses produtos registraram elevação nos últimos meses devido a problemas climáticos em algumas regiões produtoras.
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