O Banco Central da Coréia do Sul fez um corte recorde de 1 ponto percentual nos juros, definindo a taxa do país no menor patamar da história nesta quinta-feira. A autoridade monetária alertou que a quarta maior economia da Ásia está à beira de uma situação de emergência que pode exigir medidas mais drásticas.

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O corte na taxa de juros promovido pelo Banco da Coréia foi o dobro do esperado. A taxa caiu a 3 por cento, depois da quarta redução desde o início de outubro, quando o juro estava em 5,25 por cento. O juro do país está agora no menor patamar desde que o sistema foi adotado em 1999.

A economia sul-coreana tem perdido força tão rápido que alguns economistas já prevêem que ela vai entrar na primeira recessão desde a crise asiática de 1997-1998. Enquanto isso, bancos continuam pressionados por um aperto nos financiamentos em dólar e fecharam as torneiras para quem precisa de crédito.

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"Estamos agora à beira de uma situação de emergência que pode precisar de uma política mais drástica", afirmou o presidente do Banco da Coréia, Lee Seong-tae, a jornalistas, afirmando que medidas futuras vão se concentrar em levantar a economia e diminuir a intensidade do aperto de crédito.

"Se as atuais medidas de provimento de liquidez não forem efetivas, poderemos injetar dinheiro diretamente nos setores que estão sofrendo o aperto de crédito", disse ele.

Analistas afirmaram que o corte muito maior que o esperado no juro e os comentários do Banco Central tornaram a chance de novas reduções mais provável.

Nove de 10 economistas consultados pela Reuters esperavam um corte de 0,5 ponto percentual no juro, com o analista restante esperando redução de 0,25 ponto.

Depois do corte, em uma pesquisa feita com quinze economistas, nove previram que a taxa básica vai cair para 2 por cento até o final de junho. Um deles chegou a estimar queda para 1,75 por cento.

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"Essa medida drástica sugere que o crescimento da economia da Coréia está em risco real de uma grande redução de ritmo e o Banco da Coréia está pronto para tomar novas medidas mais agressivas uma vez que tem sido atacado por não fazer muito para estabilizar o mercado financeiro e a economia", disse Park So-yeon, economista do Korea Investment and Securities.